O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou, em dezembro, os planos de manejo das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Cachoeira das Andorinhas e São José, além do Refúgio de Vida Silvestre (REVS) Libélulas da Serra de São José. Os documentos, desenvolvidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), são ferramentas fundamentais para a gestão dessas Unidades de Conservação (UCs).
Os planos de manejo são instrumentos estratégicos que estabelecem os objetivos gerais, o zoneamento e as normas de uso das áreas protegidas, conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Eles orientam a implantação de estruturas físicas e o planejamento de atividades nas UCs, garantindo a conservação ambiental. “Os planos são a principal referência para decisões de gestão e planejamento nas Unidades de Conservação”, explicou Letícia Horta Vilas Boas, diretora de Unidades de Conservação do IEF.
A APA Cachoeira das Andorinhas, localizada no município de Ouro Preto, abrange 18.700 hectares e pertence ao grupo de Uso Sustentável. Sua principal missão é proteger a biodiversidade, disciplinar a ocupação e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. A área é de grande importância para a conservação hídrica, abrigando o alto curso da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, com uma extensa rede de drenagem composta por cursos de água e nascentes.
Já o REVS Libélulas da Serra de São José, pertencente ao grupo de Proteção Integral, tem como objetivo básico proteger ambientes naturais que garantam a reprodução de espécies da flora e fauna, tanto residentes quanto migratórias. Ele se estende por 3.717 hectares e apresenta grande sobreposição territorial com a APA São José, que, por sua vez, cobre uma área de 4.758 hectares e também pertence ao grupo de Uso Sustentável.
Essas duas áreas estão situadas nos municípios de Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João Del Rei, Coronel Xavier Chaves e Prados, na região do Campo das Vertentes. Devido à sobreposição territorial, foi elaborado um documento conjunto que considera as especificidades de cada categoria de UC.
Os planos foram desenvolvidos com base na Portaria IEF nº 21, de abril de 2024, e no roteiro metodológico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esse processo garante que as diretrizes sigam padrões técnicos nacionais, promovendo o uso sustentável e a proteção integral dos recursos naturais.
Foto: Itamar Martins