Em Minas Gerais, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) finaliza o programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para comunidades quilombolas, alcançando resultados que superaram as expectativas. Com investimento de vinte e um milhões e seiscentos mil reais, sendo onze milhões destinados à ATER, o programa contou ainda com dez milhões e seiscentos mil reais do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), direcionados ao fomento rural. Esse aporte permitiu implementar 2.317 projetos produtivos em diversas atividades como avicultura, bovinocultura, horticultura, apicultura, além de negócios locais, incluindo padarias e salões de beleza.
O objetivo central do programa foi fortalecer a agricultura familiar e assegurar a segurança alimentar nas comunidades quilombolas, historicamente marginalizadas. Realizado em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da ONU, por meio do Projeto Dom Hélder Câmara, a iniciativa beneficiou diretamente 3.200 famílias quilombolas de 30 comunidades em seis estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Piauí.
Com forte enfoque na inclusão social, o programa envolveu 62,8% de mulheres e 27,6% de jovens, reforçando o papel das mulheres e das novas gerações na transformação das comunidades quilombolas. Esse engajamento tem promovido não apenas a sustentabilidade econômica, mas também o fortalecimento social e o empoderamento das comunidades.
De acordo com o relatório de desempenho, o programa alcançou 99,48% das metas entre janeiro e outubro de 2024. O impacto econômico foi expressivo, com muitas famílias utilizando a assistência técnica para aumentar a produção e vender o excedente em feiras agroecológicas e mercados institucionais.
Além dos avanços econômicos, o programa promoveu melhorias diretas na segurança alimentar das famílias beneficiadas. Incentivando a produção de hortaliças, milho, feijão e frutas, a iniciativa garantiu uma alimentação mais diversificada e saudável para as comunidades, promovendo também a geração de excedentes para comercialização.
Cada família recebeu um incentivo de quatro mil e seiscentos reais, montante que pôde ser investido em atividades produtivas mais alinhadas às suas realidades, desde a criação de animais até o artesanato. Esse valor, não reembolsável, permitiu que os agricultores estruturassem seus negócios e se integrassem às cadeias produtivas locais de forma mais completa.
Com o término desta edição do programa, espera-se que novas iniciativas sejam lançadas em breve, reafirmando o compromisso do Governo com o apoio às comunidades quilombolas e a construção de um Brasil mais justo e inclusivo.
Foto: Fernando Dias/Seapdr