Logo nos primeiros dias de vida, Maria Clara, de 9 meses, nascida em Belo Horizonte, recebeu a vacina BCG, inaugurando seu cartão de vacinas. Sua mãe, Danielle Deodoro, acompanha de perto o calendário vacinal, orientada pelo pediatra e pelas anotações feitas pela enfermeira do posto de saúde.

Para garantir que todas as crianças e adolescentes mineiros menores de 15 anos mantenham suas vacinas em dia, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove, entre os dias 4 e 29 de novembro, a Campanha Estadual de Multivacinação, incluindo o dia D em 23 de novembro. Segundo Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, a campanha é essencial para ampliar a cobertura vacinal no estado, contando com mais de 1,9 milhão de doses disponíveis para atualização do cartão de vacinação.

Entre as vacinas disponíveis estão as doses contra tríplice viral, hepatites A e B, HPV, rotavírus, meningocócicas ACWY e C, pneumocócica, pentavalente, febre amarela, poliomielite e covid-19.

A enfermeira Gláucia Magda Barbosa, do Centro de Saúde Conjunto Santa Maria, em Belo Horizonte, explica que a unidade está preparada, com ampla divulgação da campanha e suporte dos agentes comunitários de saúde. “Nosso objetivo é que os responsáveis possam se organizar para trazer crianças e adolescentes ao centro de saúde”, destaca.

Segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Minas Gerais registra avanços significativos na cobertura vacinal. A vacina meningocócica C, por exemplo, superou a meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde, alcançando 104,15% em 2024. A tríplice viral também apresentou aumento, com cobertura de 106,19% na primeira dose e 81,69% na segunda.

A coordenadora estadual do Programa de Imunização, Josianne Dias Gusmão, destaca a importância da adesão à campanha para alcançar metas vacinais, como a da febre amarela, que ainda registra 87,51% de cobertura em menores de um ano, abaixo da meta de 95%. Ela reforça que a falta do cartão de vacinas não impede a imunização; basta comparecer à unidade de saúde mais próxima com um documento de identidade.

Para Danielle Deodoro, a mãe de Maria Clara, a atualização do cartão é essencial: “As vacinas estão disponíveis, e a avaliação do profissional garante que minha filha esteja protegida com todas as doses indicadas para a idade.”

Foto: Carol Souza

 


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