A vitória de Fuad Noman (PSD) na prefeitura de Belo Horizonte fortalece o caminho para um palanque robusto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Minas Gerais nas eleições de 2026, avalia o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele destaca que, na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro obteve a maioria dos votos na capital mineira, mas o cenário agora mostra a união de forças centristas e progressistas superando o candidato bolsonarista.

“Bruno Engler esgotou o método de ataques e desinformação do bolsonarismo, e, mesmo assim, não obteve sucesso. Mostramos que centro e esquerda são a maioria”, afirmou o ministro. Silveira, que apareceu ao lado de Fuad usando um boné com os dizeres “Sou Lula” após a confirmação da vitória, foi um dos principais articuladores da campanha do prefeito à reeleição. O ministro, que lidera o PSD em Minas Gerais, é um dos possíveis candidatos ao governo estadual em 2026 com o apoio de Lula, ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também do PSD.

No segundo turno, o PT mineiro alinhou-se com Fuad contra Bruno Engler (PL), mesmo após lançar o deputado federal Rogério Correia no primeiro turno. Embora Fuad tenha evitado explorar a imagem de Lula na campanha para se distanciar da polarização buscada pelo adversário, lideranças do PT participaram ativamente de sua reeleição.

Apesar das diferentes alianças regionais do PSD — que apoia o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo e mantém parcerias com o PT na Bahia e no Rio de Janeiro —, Silveira acredita que isso não será um obstáculo para uma coalizão com o petismo em Minas Gerais. Essa aliança será crucial para fortalecer a presença de Lula no estado, caso ele busque a reeleição. Com 142 prefeituras em Minas, o PSD superou amplamente o PT, que conquistou 35 prefeituras.

Silveira acredita que a disputa em 2026 será acirrada e destaca a necessidade de combater desinformação, uma prática que, segundo ele, ainda é frequente na direita. Ele defende que o PSD tome medidas legais contra ataques promovidos por Engler e o deputado federal Nikolas Ferreira nas redes sociais, que incluíram alegações infundadas contra Fuad.

“Precisamos combater a delinquência nas campanhas. A disputa tem que ser justa. Tentaram difamar um homem íntegro, como Fuad, e isso não é aceitável”, afirmou o ministro, sinalizando que Fuad acionará a Justiça Eleitoral para responsabilizar os envolvidos nos ataques.

Foto: Júnia Garrido

 


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