Entre grupos de militância urbana, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), e rural, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 45 mil integrantes de movimentos sociais estarão em Brasília para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, no próximo domingo.

A recente ocorrência de terrorismo – um artefato explosivo foi encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília no sábado (24) – e ameaças de natureza parecida não foram suficientes para fazer os militantes mudarem de planos.

Estamos engajados na mobilização da viagem a Brasília para fazer da posse do Lula uma manifestação popular de massa”, disse à reportagem Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST e do Campo Unitário, entidade que reúne outros grupos que atuam no campo. “Não vamos nos intimidar, o bolsonarismo será derrotado nas ruas, com mobilização. É dever do Estado garantir a segurança dos manifestantes”.

Segundo Conceição, os grupos do campo vão contar com mais de 30 mil trabalhadores rurais, agricultores, indígenas, quilombolas e pescadores de todo o país.

Por sua vez, Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), garante que o número de militantes urbanos deverá superar os 15 mil. “Os fatos ocorridos em Brasília recentemente não alteraram a nossa organização e tampouco a nossa mobilização para participar da posse. Vamos fazer uma festa popular e democrática, levando as bandeiras dos movimentos populares”.

O local de concentração dos grupos no dia 31, diz Bonfim, será no Estádio Mané Garrincha.

“Estamos organizando uma grande marcha unificada com os grupos do campo e da cidade, saindo do Mané Garrincha em direção à Esplanada dos Ministérios. Não houve nenhuma modificação no nosso ânimo”.

O coordenador da CMP estima que o público total na festa da posse de Lula deve ultrapassar as 100 mil pessoas.


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