O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai pedir à Justiça que os presos que deixarem os presídios graças ao benefício da saída temporária – a chamada ‘saidinha de Natal’ – e não retornarem sejam punidos com a regressão de regime no cumprimento de pena.
Dos 144 sentenciados que não cumpriram o prazo estabelecido pela Justiça, 48 ainda estão sendo procurados. A Polícia Militar de Minas informou que, dos 48 foragidos, cinco são de alta periculosidade, sendo integrantes de facção criminosas envolvidos em tráfico internacional de drogas, explosão a caixa eletrônico, roubo e porte de armas.
“Por conta dessa situação, o Centro de Apoio Operacional Criminal e o Núcleo de Execução Penal do MPMG comunicou o fato aos promotores de Justiça das comarcas de Abre Campo, Açucena, Araguari, Bom Despacho, Coronel Fabriciano, Curvelo, Divinópolis, Igarapé, João Monlevade, Juiz de Fora, Mariana, Muriaé, Pará de Minas, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Santos Dumont, São João del-Rei, São Sebastião do Paraíso, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Três Pontas, Uberaba e Viçosa para que possa ser requerida judicialmente a regressão de regime de cumprimento de pena e a expedição de mandado de prisão dos presos que não retornaram aos respectivos presídios”, informou o MP de Minas.
PM assassinado em BH
Um dos presos que foi beneficiado pela ‘saidinha de Natal’ e que não havia retornado para o presídio foi Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.