As negociações para libertação de reféns em Gaza e um possível cessar-fogo “começaram” em Doha, conforme informado por uma fonte diplomática neste domingo (27). Os principais negociadores dos Estados Unidos, Israel e Catar se reuniram na capital do Catar para discutir estratégias de acordo.
Esta é a primeira rodada de negociações em mais de dois meses. Autoridades americanas enfatizaram a necessidade de reduzir as tensões após a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, em uma operação israelense.
Mais cedo, o Egito apresentou publicamente uma proposta para um cessar-fogo de dois dias, sugerindo a troca de quatro reféns israelenses em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel. Além do Egito, que tem desempenhado um papel importante na mediação, os EUA e o Catar também participam das negociações.
Desde o ano passado, Israel tem realizado intensos ataques aéreos em Gaza em resposta à invasão do Hamas que, segundo Israel, resultou em 1.200 mortes e a captura de dezenas de reféns. A ofensiva israelense já provocou a morte de mais de 40 mil palestinos, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou o compromisso de desmantelar a infraestrutura militar do Hamas e recuperar os reféns em Gaza. Além dos ataques aéreos, as forças israelenses têm realizado incursões terrestres no território, resultando no deslocamento de grande parte da população de Gaza.
A ONU e organizações humanitárias alertam para uma crise humanitária crítica, com escassez de alimentos, medicamentos e surtos de doenças. Em Israel, manifestantes têm pressionado Netanyahu por um acordo de cessar-fogo que viabilize a liberação dos reféns.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto em 16 de outubro em Rafah, intensificando ainda mais o conflito.