A Operação Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU) intensificou suas ações entre 17 e 23 de novembro, realizando 25 intervenções nesse período e totalizando 145 desde o início da operação, em 9 de novembro. A iniciativa tem como foco combater a exploração ilegal na Terra Indígena Munduruku, localizada nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no Pará.
Nos últimos sete dias, foram aplicadas multas que somam R$ 9 milhões, além da apreensão de 20 mil litros de óleo diesel e da destruição de equipamentos como retroescavadeiras, motores e geradores. As ações geraram um prejuízo estimado em R$ 44,5 milhões para as operações de garimpo ilegal.
O principal objetivo da operação é proteger os direitos territoriais das comunidades indígenas, preservando suas culturas e tradições, enquanto remove invasores envolvidos na extração ilegal de ouro. A ação visa garantir que o território permaneça exclusivo para os 9.257 indígenas dos povos Munduruku, Apiaká e Isolados do Alto Tapajós.
Mais de 20 órgãos atuam de forma integrada, incluindo Ibama, Exército, Polícia Federal e Ministério dos Povos Indígenas, em esforços conjuntos para fiscalização e preservação ambiental. As ações devem continuar nas próximas semanas, reforçando o compromisso com a proteção das terras indígenas e da Amazônia.
Jacareacanga, um dos municípios mais impactados pela exploração garimpeira, apresenta índices preocupantes de desenvolvimento humano (IDH de 0,505), apesar de um PIB per capita acima da média estadual. A intensa atividade garimpeira não se reflete em qualidade de vida para a população local. Pelo contrário, agrava problemas socioeconômicos, aumenta a violência e precariza as condições de vida, especialmente para as comunidades indígenas, que enfrentam os maiores impactos ambientais e sociais da atividade ilegal.
Foto: Divulgação Ibama