Sara Azevedo (PSOL), candidata ao Senado, participou na tarde desta quarta (21) do debate organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelo Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia da UFMG. O evento teve o apoio da União Estadual dos Estudantes e foi realizado na Arena da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. Sara destacou a importância de estar discutindo política junto aos estudantes e criticou a ausência das candidaturas de direita. “Os partidos de direita não aceitam debater cara a cara e conversar olho no olho com quem de fato faz luta nesse país”.

Além de Sara, participaram do debate Dirlene Marques (PSTU) e Naomi Coura (PCO). Sara também se posicionou como a única candidatura viável nestas eleições. Ressaltou a relação de seus concorrentes com o bolsonarismo. “Nós estamos aqui apresentando propostas, por isso que muitos candidatos não têm o que dizer”, afirmou. “Inclusive, o candidato apoiado pelo Lula, que contraditoriamente está apoiando Zema. Um candidato que foi do governo Aécio, que foi do governo Anastasia, que hoje é senador porque era suplente de Anastasia, um candidato que está no palanque do Zema, se relaciona com apoiadores do Bolsonaro e que votou todas as propostas bolsonaristas no Senado”.

“O Datafolha traz para gente o seguinte: o candidato bolsonarista raiz tem 13% dos votos. O Silveira tem 9%, Aro tem 7% e nós temos 5%. Isso demonstra que, segundo a margem de erro, estão todos emparelhados, todas com as mesmas condições. Diz ainda que 48% das pessoas não decidiram em quem vão votar para o Senado”, pontuou Sara. “Isso demonstra que o Senado está distante do povo e nós temos que aproximar. Temos dez dias agora para disputar esses votos e eu quero convidar vocês aqui para isso: disputar cada voto por um projeto diferente”.

A candidata criticou a existência das emendas de relator, que deram origem ao Orçamento Secreto. “Todos os senadores da atual legislatura, que representam Minas Gerais, se beneficiaram desses recursos. É preciso ter transparência na execução de tais verbas. Atualmente não sabemos como esse dinheiro está sendo aplicado”, disse. Sara defendeu a taxação das grandes fortunas, a auditoria da dívida pública e o destravamento do Estado para a retomada dos investimentos em Educação, Desenvolvimento Tecnológico, Infraestrutura e Saúde.

Sara defende a legalização do aborto

Antes de responder a uma pergunta sobre a atividade mineradora na Serra do Curral, Sara Azevedo rebateu à colocação de Naomi Coura (PCO) que condenava a realização do aborto. “Mulher pode não engravidar fazendo tabelinha”, disse o candidato ao Senado pelo PCO. “Naomi, me desculpa, mas a decisão do corpo da mulher não tem a ver com legislação política. Então, a legalização do aborto não passa por legislação nenhuma, tem que passar pela decisão do corpo da mulher e a mulher quem decide”, rebateu Sara.


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