A executiva nacional do Cidadania, presidida pelo ex-deputado federal Roberto Freire, defende que a discussão gerada a partir do convite do governador Romeu Zema (Novo) ao jornalista Eduardo Costa (Cidadania) para ocupar o posto de seu vice atropelando a federação firmada entre o Cidadania e o PSDB, que tem pré-candidatura própria ao Governo, deve priorizar o candidato que tem mais força para agregar votos à Simone Tebet (MDB), pré-candidata à Presidência.

No plano nacional, Cidadania e PSDB apoiam oficialmente a campanha da senadora do Mato Grosso do Sul ao Planalto, na tentativa de viabilizar Tebet como a terceira via.  Para Freire, este deve ser o foco das discussões entre os federados em Minas.

“Os mineiros devem discutir para entender qual é o melhor caminho, se é a candidatura própria da federação ou a união com o governador de Minas, o meu conselho é que procurem a melhor repercussão em função do projeto nacional de Tebet, para que não se permita a continuidade desse governo e evite o retrocesso de um retorno do Lula”, diz Freire.

De acordo com Freire, mesmo com o PSDB sendo líder da federação, não existe nenhuma regra no estatuto que obrigue que o candidato seja o da maioria, o que garante que nenhuma opção está descartada.

“Olha o PSDB, mesmo com um candidato próprio à Presidência escolhido nas prévias, depois desistiu e decidiu apoiar a Tebet. Não se deve discutir candidatura só com base em quem vence convenções, deve discutir quem tem mais votos politicamente”.

Apesar da recomendação, o dirigente ressalta que o impasse em Minas deve ser resolvido “pelos mineiros”, assim como vai prevalecer as decisões dos diretórios locais em outros estados.

“Temos o exemplo no Rio (RJ), em que tem um movimento que busca apoiar a candidatura do Marcelo Freixo (PSB), mas o Cidadania tem a posição de apoiar Rodrigo Neves, do PDT. É um assunto que tem que ser resolvido pelo Rio”, afirma.