O PT de Minas Gerais está disposto a abrir mão da candidatura própria ao governo do estado caso o PSD se aproxime do ex-presidente Lula no plano nacional.

O acordo passaria pelo apoio dos petistas ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que deve enfrentar o atual governador, Romeu Zema (Novo), nas eleições de outubro.

A avaliação é que, caso a aliança entre o partido de Gilberto Kassab e Lula dependa do que for decidido em Minas, não haverá muita resistência por parte dos petistas.

“Hoje, a probabilidade do PT ir com Kalil é muito grande, principalmente com o que acontecer no plano nacional”, afirmou o deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) à CartaCapital. “A visão das principais lideranças é que a gente precisa contribuir com a eleição do Lula. Se o melhor caminho é ter uma aliança nacional que envolva Minas, não seremos empecilho”.

No entanto, há discordância na própria legenda. Para o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), o ideal seria o partido ter candidato próprio para polarizar com o atual governador.

“O PT está atrasado em lançar uma candidatura, até para polarizar com o Zema. Há um espaço pela esquerda, basta olhar a votação do Lula”, diz. “A posição da direção é não encaminhar a candidatura do PT e ficar esperando uma aproximação com o Kalil. Isso atrasa o processo de polarização”.

No plano nacional, um acordo entre PT e PSD parece distante. Kassab, que se reuniu com Lula nos últimos dias, tem insistido que o seu partido terá candidatura própria à Presidência da República.

Fonte: Carta Capital


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