O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília. Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), ele afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade. O plano envolvia:

explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)

entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército

O que diz a polícia? “Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no quartel-general”, afirmou o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido a reportagem,”Ele e o grupo falhou, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam.”

A PC-DF afirmou que a corporação deve começar a busca por novos envolvidos a partir desta segunda feira.

Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão”, disse o Delegado-geral da PC-DF, Robson Candido.

George Sousa ficará preso por tempo indeterminado. A decisão da juíza Acácia Regina Soares de Sá, do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) durante audiência de custódia neste domingo (25).

O ministério da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, oficiou a PF (Polícia Federal) para acompanhar a investigação sobre o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, que confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília.

É importante aguardarmos as conclusões oficiais, para as devidas responsabilizações informou Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública

O caso também é acompanhando pelo gabinete de transição do futuro titular da pasta, Flávio Dino (PSB).

O bolsonarista será autuado por crime contra o Estado Democrático e porte e posse de arma de fogo. Com George Sousa, foram aprendidos:

dois revólveres;
duas espingardas;
três pistolas;
cinco emulsões explosivas;
munições e uniformes camuflados.

Ele tinha registro de colecionador e todas as armas estão no nome dele. No entanto, não há autorização para transitar com essas armas livremente. A situação se agrava porque ele viajou do Pará para Brasília sem guia de autorização de transporte”, informou o delegado-geral da PC-DF, Robson Candido.

A família do bolsonarista afirmou que soube da prisão pela imprensa, na manhã de hoje. “Estou chocada e assustada. Isso não pode ter acontecido porque ela era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim”, disse a reportagem a esposa, Ana Claudia Leite de Queiroz, 50.

O filho do casal revelou que a família foi contra a mudança de George para Brasília. “Quando o meu pai avisou que iria participar dessas manifestações, imaginamos que daria errado. Eu sabia que ia dar merda”, afirmou.


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