O subprocurador Carlos Frederico Santos rebateu hoje (13) as críticas feitas pela defesa dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro e afirmou que o golpe de Estado é uma “página virada” da história brasileira.
O STF começou a julgar quatro réus acusados de invadir e depredar as sedes do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto durante o ato golpista de 8 de janeiro.
O primeiro é Aécio Lúcio Costa Pereira, 51, ex-funcionário da Sabesp que gravou vídeo na Mesa Diretora do Senado.
As defesas dos réus afirmam, em linhas gerais, que a denúncia da PGR contra os acusados seria “genérica” por não descrever exatamente a participação de cada réu na invasão e depredação dos prédios.
Os advogados dizem que seus clientes estavam no local, mas não há provas de que participaram do quebra-quebra.
Em sua sustentação oral, o subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações do 8 de janeiro, afirmou que as acusações foram feitas na “melhor técnica jurídica” e sob a tese de crimes multitudinários —ou seja, cometidos por uma multidão—, por isso todos são responsáveis pelo resultado.
“Responde pelo resultado a multidão, a turba, aquele grupo de pessoas que mantiveram um vínculo psicológico na busca de estabelecer um governo deslegitimado e inconstitucional”, afirmou Santos.
Santos também afirmou que o objetivo dos atos era derrubar um governo eleito sob pretexto de “fraude” nas urnas, o que não ocorreu. O subprocurador disse ainda que a PGR buscará responsabilizar todos que fomentaram as manifestações golpistas.
