Na manhã desta quinta-feira, 10, a Polícia Federal prendeu o assessor parlamentar Daniel Ribeiro Lemos, que trabalha no gabinete do deputado Pedro Jr. (PL-TO), por suspeita de envolvimento na divulgação de notícias falsas. Segundo a corporação, Lemos utilizava seu “acesso ao parlamento” para disseminar fake news, recebendo informações de uma estrutura de desinformação conhecida como “Abin paralela”, que foi criada durante o governo Jair Bolsonaro.

Mesmo após o desmonte dessa estrutura, o assessor continuou espalhando desinformação nas redes sociais e enviando esse material a “agentes estrangeiros”, levando-os a acreditar em informações falsas. A prisão de Lemos ocorreu como parte da 5ª fase da Operação Última Milha, que investiga as atividades da Abin paralela e sua participação na disseminação de fake news sobre opositores políticos.

Além da prisão, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Os envolvidos podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivos informáticos.

Na fase anterior da operação, em julho, a investigação já havia se voltado para um grupo ligado à presidência da República, responsável por disseminar fake news em nome de Bolsonaro, com a participação de influenciadores e integrantes do chamado “gabinete do ódio”.

Agora, a Polícia Federal quer aprofundar as investigações sobre os indícios de corrupção passiva, levantando a suspeita de que o grupo buscava não apenas benefícios políticos, mas também vantagens econômicas.

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

 

 


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