A Polícia Civil de São Paulo identificou alguns dos suspeitos envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida no domingo, 27, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP). O ataque aconteceu no quilômetro 65 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, supostamente comandado por membros da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras. A torcida nega participação na ação. O incidente resultou na morte de um torcedor, José Victor Miranda, devido a queimaduras graves, e feriu outras 17 pessoas, duas das quais permanecem hospitalizadas, uma delas em estado grave.

A investigação é liderada pela Delegacia de Repressão de Intolerância Esportiva (Drade), que busca identificar mais envolvidos, contando com um banco de dados de torcedores ligados a organizadas para cruzamento de informações. O Ministério Público de São Paulo, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também apoia a investigação.

José Victor Miranda, de 30 anos, membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas (MG), foi internado em estado gravíssimo no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus dos cruzeirenses foi incendiado durante o ataque. Dos outros feridos, um torcedor ainda aguarda cirurgia na Santa Casa de São Paulo, enquanto outro permanece em estado grave no Hospital Estadual de Franco da Rocha.

O ataque, segundo a Polícia, é visto como retaliação dos palmeirenses a um confronto em 2022, na mesma rodovia, quando membros da Máfia Azul agrediram o presidente da Mancha Alvi Verde, Jorge Luís Sampaio Santos, confiscando documentos e cartões de crédito e compartilhando as imagens nas redes sociais. Esse confronto anterior deixou quatro torcedores baleados.

Em nota, a Máfia Azul declarou: “Perca com honra, mas não vença por covardia. O choro da mãe do seu rival traz a alegria da sua.” Já a Mancha Alvi Verde se pronunciou negando envolvimento na emboscada, destacando que o grupo possui mais de 45.000 associados e que a torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de poucos membros.

As equipes do Cruzeiro e do Palmeiras lamentaram publicamente o incidente, reforçando a importância de combater a violência entre torcidas.

Foto: Divulgação/PRF-SP


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