A Polônia planejava reforçar a sua presença militar e sistemas de defesa nas fronteiras com Belarus e o enclave russo de Kaliningrado, fronteira oriental da UE e da Otan, anunciariam o Ministério da Defesa e o Exército nesta quarta-feira (10).

Todos estão cientes da periculosidade da situação, especialmente com a guerra na Ucrânia e as ações da Federação Russa”, disse à imprensa o vice-ministro da Defesa polonês, Cezari Tomczik, mencionando “constantes provocações” na fronteira polonesa-bielorrussa.

“Atualmente existem cerca de 6 mil soldados, mas a longo prazo serão até 17 mil, com 8 mil no local e 9 mil na reserva”, prontos para serem mobilizados em 48 horas, formando “uma força de reação rápida na fronteira”, explicou o chefe do Estado-Maior do Exército Polonês, general Wieslaw Kukula.

Segundo ele, isso servirá para apoiar os guardas de fronteira locais, para se prepararem para possíveis “surpresas” de Moscou e Minsk e para proteger a construção de importantes infraestruturas de defesa no âmbito do programa governamental “Escudo Oriental”.

Varsóvia investirá mais de 2 bilhões de euros (2.165 bilhões de dólares ou 11,7 bilhões de reais) na segurança e fortificação de sua fronteira com a Rússia e Belarus, de acordo com uma declaração recente do primeiro-ministro Donald Tusk.

Tomczik especificou que as metas do projeto devem ser alcançadas até 2028, em vez de 2032 como inicialmente planejado.

A Polônia iniciou negociações com o Banco Europeu de Investimento para apoio financeiro e espera decisões semelhantes ao nível europeu. Também realizaram compras relacionadas a equipamentos militares, principalmente dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, com investimentos milionários.


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