Monitoramento de áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações, acompanhamento do nível da água para prever e mitigar danos, bem como para alertar a população, uso de ferramenta para mensurar riscos relacionados ao clima e monitoramento hidrológico em tempo real para emissão de alertas.

Uso de bioinseticida microbiológico para controlar pragas em plantações, desenvolvimento de biofertilizante à base de microalgas a partir de efluentes agroindustriais e aproveitamento de bioinsumos produzidos em criações de insetos para recuperar áreas degradadas.

Incentivo à cacauicultura no Norte de Minas, utilização de inteligência artificial (IA) e drones para diagnóstico e pulverização localizada na cafeicultura mineira e financiamento para implementar sistemas agroflorestais com assistência técnica continuada.

Em um cenário de emergência climática, soluções sustentáveis como as citadas são fundamentais. Atenta a isso, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) entrega, nesta segunda-feira (9/12/24), o Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática para os autores das dez propostas apresentadas para a convivência com a seca e a chuva extrema em território mineiro. O evento vai ocorrer às 15 horas, no Salão Nobre.

O edital do Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática, em parceria com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), foi anunciado em agosto com o objetivo de selecionar e apoiar o desenvolvimento de propostas de soluções inovadoras com potencial para prever, evitar ou minimizar as causas ou efeitos das mudanças climática no Estado de Minas Gerais. Participaram do concurso 124 propostas de candidatos de diversas regiões do País.

Primeira instituição pública mineira a organizar esse tipo de prêmio, a ALMG incentiva o ecossistema de inovação no Estado a partir dessa iniciativa, em parceria com BH-TEC. Os dez projetos escolhidos após análise de equipe especializada vão receber R$ 60 mil, além da participação em programa de aceleração promovido pelo parque tecnológico.

Segundo o presidente da ALMG, deputado Tadeu Leite (MDB), o prêmio coroa uma agenda coletiva desenvolvida pela Assembleia de Minas em busca do bem-estar das futuras gerações.

“Percebemos que era necessário atuar de maneira mais incisiva na oferta de tecnologias sociais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e buscamos a parceria com o BH-TEC para viabilizar essa ação e apoiar financeiramente projetos inovadores nessa área.” Afirmou o deputado , Tadeu Leite.

Dep. Tadeu Leite

De acordo com a Head de Sustentabilidade do BH-TEC, Camila Viana, o Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação tem um caráter único. “O projeto é inovador porque ninguém tinha trabalhado com a inovação na perspectiva de envolver na discussão a sociedade”, enfatiza.

Ela rememorou o projeto institucional “Crise Climática em Minas: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema”, iniciado em março pela ALMG com a formação de grupos técnicos e o lançamento de seminário que percorreu as diversas regiões do Estado para debater o tema e os desdobramentos locais.

“O caráter inovador do projeto como um todo se refletiu nas propostas recebidas para o prêmio que foram representativas no Estado, além de termos recebido iniciativas de outros lugares do Brasil. Também houve uma diversidade temática. As sugestões se desdobraram em mais de 300 diretrizes importantes para trabalhar a crise climática no Estado.” Disse Camila Viana

O Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática atraiu um total de 360 participantes, dos quais 124 concluíram o processo ao enviar suas propostas. Sete dessas propostas foram desclassificadas por não atenderem a requisitos do edital. Assim, ao final, a comissão avaliadora analisou 117 propostas.

As propostas foram provenientes não só de Minas Gerais, mas também de outros nove estados. Em relação ao Estado de Minas, houve representatividade de oito das dez regiões de planejamento.

Os proponentes tiveram a oportunidade de categorizar suas propostas em um ou mais dos sete temas estabelecidos como desafios para o enfrentamento da crise climática. Os temas mais recorrentes foram meio ambiente e segurança hídrica, seguidos por inclusão produtiva e geração de renda e agricultura sustentável.

Ainda como uma ação do projeto institucional sobre a emergência climática, a Galeria de Arte da ALMG recebe a exposição Convivência com a Crise Climática em Minas Gerais até o dia 14 de março de 2025.

A exposição inclui texto didático sobre a crise climática; documentário Minas é Muitas: Caos Hídrico, produzido pela TV Assembleia; além de vídeos, painéis de fotografias com audiodescrição e textos sobre experiências bem-sucedidas de convivência com a crise climática, mapeadas em diferentes regiões do Estado.

Foto: Guilherme Bergamini


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