A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), solicitou escolta da Polícia Legislativa para si e para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo De Toni, as ameaças de morte recebidas nas redes sociais estão relacionadas à sua atuação em pautas polêmicas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Aborto e sua decisão de não avançar com a PEC que propõe o fim da escala 6×1.

A PEC do Aborto, defendida por De Toni, busca acabar com as provisões legais de aborto no Brasil. Já a PEC da escala 6×1, que ainda aguarda início de tramitação na CCJ, depende de decisão da presidente da comissão para ser analisada.

Desde o início do mandato, Caroline de Toni promoveu uma agenda conservadora no colegiado, com ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Uma de suas prioridades era a anistia aos presos do 8 de Janeiro, mas a proposta foi frustrada após Lira determinar que o tema fosse tratado por uma comissão especial, reiniciando sua tramitação.

O ano de 2024 foi marcado por tensões constantes na CCJ, com embates entre deputados da base governista e parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), maioria no colegiado. Entre os episódios de tumulto, destacaram-se a votação da PEC das Drogas e a presença do ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, na comissão.

O mandato de Caroline de Toni à frente da CCJ termina no final deste ano. Em nota, a Câmara informou que questões relacionadas à segurança dos deputados federais são consideradas sigilosas.

Foto: Bruno Spada /Câmara dos Deputados

 


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