Nesta sexta-feira (11), o quarto voo da Força Aérea Brasileira (FAB) destinado à repatriação de brasileiros partiu do Líbano, levando 211 passageiros, entre eles 12 crianças de colo. A aeronave deve chegar a São Paulo na manhã de sábado (12), após uma escala técnica em Portugal.
Até o momento, a operação Raízes do Cedro, coordenada pelo governo federal, já resgatou 885 pessoas e 11 animais de estimação em apenas uma semana. Durante o terceiro voo, um passageiro precisou permanecer em Lisboa devido a uma suspeita de trombose.
O Ministério das Relações Exteriores, sob a liderança do ministro Mauro Vieira, informou que cerca de sete mil brasileiros expressaram interesse em retornar ao país. Os primeiros grupos repatriados chegaram ao Brasil no último domingo (6) e foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.
O governo, em uma nota divulgada nesta sexta-feira, orientou os brasileiros que ainda estão no Líbano a seguir as recomendações de segurança das autoridades locais e, se possível, tentar deixar o país por meios próprios. Estima-se que a comunidade brasileira no Líbano seja composta por cerca de 20 mil pessoas.
Diversos órgãos federais estão envolvidos no apoio aos repatriados, incluindo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério da Saúde, Polícia Federal e Receita Federal, que têm atuado para garantir o suporte necessário aos passageiros durante o retorno.
Em uma entrevista concedida na quarta-feira (9), o ministro Mauro Vieira mencionou que a operação no Líbano pode se tornar maior que a realizada no ano passado em Israel, Cisjordânia e Gaza, quando aproximadamente 1.560 brasileiros e seus familiares, além de mais de 50 animais domésticos, foram resgatados.
O ministro destacou que a comunicação entre a embaixada e a comunidade brasileira no Líbano tem sido constante. Um sistema de e-mail e WhatsApp foi organizado para facilitar o contato com os brasileiros na região. “São cerca de 20 mil em Beirute e arredores, e um grande número manifestou interesse em voltar ao Brasil”, afirmou Mauro Vieira.
Imagem: Divulgação FAB