O Lago de Furnas sofreu uma queda significativa em seu nível, com mais de 20% de redução nos últimos meses, afetando diretamente o turismo na cidade de Fama, Minas Gerais. De acordo com a medição mais recente, o nível da água está dois metros abaixo da cota mínima estipulada de 762 metros acima do nível do mar, com a estiagem sendo apontada como um dos principais fatores responsáveis por essa baixa.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relatou que, em junho, o volume do lago estava em 73,88%. Esse número caiu para 66% em julho e, em agosto, atingiu 58,25%. Atualmente, o volume de água encontra-se em apenas 44,54%. A diminuição progressiva do nível do lago está causando grandes prejuízos para as atividades turísticas na região, que dependem diretamente do uso da água.

Na marina local, a faixa de terra exposta já se estende por 50 metros, tornando o acesso à água cada vez mais distante. Com a falta de chuvas e a previsão de agravamento da situação, a terra continua avançando, trazendo consigo prejuízos crescentes para o setor turístico e comercial. O gerente da marina náutica, Rogério de Oliveira, explicou que o movimento de turistas tem diminuído à medida que o nível do lago cai, devido ao aumento de riscos, como galhadas e bancos de areia que tornam os passeios perigosos.

A Represa de Furnas banha 34 cidades, das quais 29 estão localizadas no Sul de Minas, e a queda no nível do lago impacta diretamente a economia dessas regiões. Fausto Costa, secretário da Associação dos Municípios do Lago de Furnas, destacou a luta pela manutenção do nível de água, ressaltando a necessidade de se equilibrar a utilização do lago para geração de energia com outras atividades, como o turismo e a hidrovia. Ele também pediu que a Agência Nacional de Águas (ANA) reduzisse a vazão de água turbinada para garantir níveis de água mais satisfatórios, que possam atender às necessidades econômicas da região.

Foto: Reprodução EPTV

Com informações da EPTV

 


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