Em 2024, mais de um milhão e quatrocentas mil pessoas ficaram sem energia elétrica em Minas Gerais devido a queimadas que afetaram o sistema da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ao todo, foram registradas mil duzentas e quarenta ocorrências, número sete vezes maior do que em 2023, quando duzentas mil unidades consumidoras foram impactadas em quatrocentos e quarenta e dois incidentes. O recorde anterior havia sido em 2021, com novecentos e quarenta registros e setecentos e trinta e oito mil consumidores afetados.
Segundo Taumar Morais Lara, engenheiro de Ativos da Distribuição da Cemig, os danos causados pelas chamas a postes, cabos e torres dificultam o restabelecimento da energia. “Além do transtorno para os clientes, a fumaça em grande volume pode agravar doenças respiratórias, especialmente nesta época do ano”, alertou.
A Cemig recomenda que a população adote medidas preventivas simples, como apagar completamente fogueiras em acampamentos, não descartar pontas de cigarro acesas em áreas rurais e evitar deixar garrafas plásticas ou de vidro expostas ao sol, já que podem provocar focos de incêndio.
A atuação da companhia também é prejudicada pela dificuldade de acesso aos locais atingidos, geralmente remotos e de geografia acidentada. “Transportar estruturas como torres e postes em áreas rurais de difícil acesso torna a manutenção muito mais complexa”, explicou Lara.
Para prevenir interrupções, a Cemig realiza constantemente podas, remoção de vegetação em torno de suas estruturas e inspeções em suas linhas de transmissão. A empresa reforça que o combate às queimadas é uma responsabilidade coletiva e que a conscientização da população é essencial para evitar novos episódios de falta de energia no estado.
Foto: Cemig/Divulgação