Requião mostra disposição para promover mudanças no Paraná

Por Fabio Nattoli

Em entrevista exclusiva concedida ao Novojornal, nesta segunda-feira (21), o senador Roberto Requião criticou a concessão de incentivo fiscal para as multinacionais em valores astronômicos que chegam a $17 bilhões neste ano, enquanto que um pequeno comerciante está pagando um imposto escorchante. Ele defendeu que as alíquotas de impostos hoje praticadas no Estado sejam revistas, citando que no período em que foi governador as microempresas não pagavam impostos e que o imposto da pequena empresa foi reduzido de 18% para 2%.

Requião deu como exemplo a crise de 2008, quando reduziu os impostos de 105.000 itens do que é denominado “consumo salário”, concluindo que por este e outros motivos, saiu do governo com 83% de apoio da população.

O senador destacou que as empresas públicas paranaenses devem ser entregues ao interesse do povo do Paraná e não dos acionistas, demonstrando-se indignado com o tratamento que está sendo dado ao funcionalismo paranaense, destacou que as professoras e os policiais estão “sendo massacrados”.

Lembrando que os policiais estão com sequentes acúmulos de jornadas de trabalho, sem descanso o que tem gerado sérios acidentes e que o funcionalismo está a seis anos sem qualquer aumento em seus salários nem mesmo a correção que já está em torno de 30%.

Roberto Requião destacou que as empresas públicas paranaenses devem ser entregues ao interesse do povo do Paraná e não dos acionistas.

Para o candidato petista ao Palácio do Iguaçu, o povo de Curitiba e de todo o Estado do Paraná está sendo submetido a uma política nefasta. “Esta política, se eu tiver a honra de merecer o voto do povo do Paraná será totalmente revertida”

Ao referir-se à política econômica posta em prática no Brasil, afirmou que o ministro Paulo Guedes e o governo federal “estão submissos ao governo dos Estados Unidos”, “voltados unicamente para um projeto privatista que é uma molecagem”.

Para ele, um político veterano e bastante respeitado a atual situação não pode continuar e medidas favoráveis ao povo urgem, para pôr fim a esta submissão cujos interesses ultrapassam até mesmo o governo de Washington”.