Nesta quinta-feira (23), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) esteve, em ato público, na Praça dos Pioneiros, em Governador Valadares, denunciando os 8 anos do crime da Samarco (Vale/BHP Billiton) na bacia do Rio Doce e a falta de transparência e de participação das pessoas atingidas na Repactuação.

Segundo o militante e coordenador regional, Pedro Gonzaga, em Governador Valadares, com a chegada das chuvas de final de ano, o crime se renova a cada ano. As enchentes que atingem a cidade hoje são muito piores por causa do crime, e trazem agora rejeito de minério para as ruas e casas.

Os atingidos e atingidas presentes denunciaram também a contaminação da água, que atinge todos os quase 300 mil habitantes da cidade, os danos à produção e renda, lazer e cultura, além da demora na reparação integral e disseminação de informações falsas por parte da Fundação Renova.

Durante o ato, houve atendimento jurídico para tirar dúvidas da população sobre os processos e um belo encerramento com apresentação cultural do grupo Maracatudo GV.

Participaram da organização a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Governador Valadares, Associação dos Advogados de Governador Valadares (AADVOG), a Comissão de Advogados dos Atingidos Rio Doce (CAARD) e apoio do Escritório Pogust Goodhead e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Revida Mariana! Justiça para limpar essa lama!

Leonardo Morais/Revida Mariana


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