A aliança entre PT e PSD em Minas Gerais, que no início do ano parecia próxima de ser fechada, ficou mais distante de se tornar realidade. Os dois partidos já têm pré-candidatos ao Senado – Reginaldo Lopes e Alexandre Silveira, respectivamente – e indicaram não abrir mão da vaga nas negociações.

A passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Estado na semana passada não resolveu a falta de consenso entre as siglas, e o presidente do PSD em Minas, senador Alexandre Silveira, avalia se tornar líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Senado.

A falta de acordo afeta diretamente a campanha ao governo de Minas do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que tem enfrentado cada vez mais turbulências internas na sua legenda.

Apesar de petistas e aliados próximos de Kalil afirmarem que a aliança interessa tanto ao ex-presidente Lula quanto ao ex-prefeito da capital mineira, as duas siglas fazem cálculos para avaliar até onde podem ceder nas negociações.

No PT, as lideranças afirmam que não têm intenção de abrir mão da vaga ao Senado para uma chapa “puro-sangue” do PSD. Os petistas mineiros já avaliam também outras opções para formar um palanque para Lula em Minas, como o lançamento da candidatura do ex-deputado Saraiva Felipe (PSB).

Pelo lado do PSD, além de enfrentar a dificuldade em conciliar as duas candidaturas ao Senado, Kalil enfrenta também divergências internas e até mesmo rejeição por parte de alguns parlamentares, que já demonstraram não gostar do ex-prefeito.