Sob o sol forte, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram de atos mais esvaziados nesta quarta-feira (15) em Brasília e em São Paulo. Também foram organizadas manifestações em outros municípios. Os eventos foram convocados por bolsonaristas.
Na avenida Paulista, manifestantes usaram roupas verdes e amarelas, faixas, a bandeira do Brasil e cartazes contra o presidente Lula (PT) e o STF (Supremo Tribunal Federal). Eles tocaram o hino, fizeram críticas ao atual governo e repetiram frases usadas em protestos passados, como o pedido do voto impresso auditável.
Por volta das 13h, um grupo de 100 pessoas estava em frente a Fiesp. Depois, às 14h, eles ocuparam uma faixa da Paulista e parte da ciclovia. A polícia não divulgou o número de presentes.
Em Brasília, pouco mais de 200 apoiadores fizeram uma caminhada de 1 km no Eixo Rodoviário, que fica fechado aos carros em finais de semana e feriados. Eles pararam em frente à sede do Banco Central, onde começaram a discursar.
O ex-presidente não deixou qualquer mensagem indicando que iria ao ato organizado por bolsonaristas. A reportagem apurou que Jair Bolsonaro também não deve participar das manifestações em outras capitais.
Nos dois municípios, integrantes levaram também bandeiras de Israel. A ação já era comum em protestos bolsonaristas, mas ganha força por conta da guerra contra o Hamas. Eles também vestiam a camisa verde e amarela, referência às cores da bandeira do Brasil.
Nos discursos em São Paulo, os organizadores do evento disseram, sem citar nominalmente Bolsonaro, que não houve provas em processos. O ex-presidente está inelegível por decisão do TSE e ainda é investigado.
O deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) fez críticas ao governo federal e defendeu a privatização da Sabesp — projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “O que nós não podemos é sermos desrespeitosos, de forma alguma, com as nossas instituições ou com pessoas”, discursou. “Eu não apoio o atual governo, um governo que não responsabilidade alguma com o teto fiscal, um governo que criou inúmeros ministérios para acomodar seus amigos”.
Em Brasília, o grito mais empunhado foi de “Senado, pare o STF“. Como de costume, os bolsonaristas xingaram o presidente Lula de ladrão e gritaram em apoio a Bolsonaro.
Manifestações pelo país
Os bolsonaristas programaram manifestações pelo dia da Proclamação da República em pelo menos 13 capitais do Brasil. Terão atos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, Natal, Florianópolis, Cuiabá, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Vitória e Salvador.