A Comissão de Defesa da Democracia (CDD) realiza nesta quarta-feira (10) audiência pública interativa em homenagem aos 15 anos de criação do Instituto Vladimir Herzog, que atua em defesa da democracia e dos direitos humanos no país.
O debate será realizado após reunião deliberativa da comissão, prevista para ter início às 10h. O requerimento para realizar a homenagem foi apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que relembrou a importância do jornalista Vladimir Herzog, que morreu sob tortura durante a ditadura militar.
“A organização leva o nome de uma figura de grande importância para a história do Brasil, especialmente na luta contra a ditadura e na garantia do direito à memória, verdade e justiça. Vladimir Herzog foi um professor e jornalista, que se tornou um símbolo da resistência contra a violência do regime que governou o país de 1964 a 1985. Sua morte sob tortura em 25 de outubro de 1975, nas dependências de um órgão de segurança do Estado, revelou ao mundo as práticas repressivas e brutais do governo militar, mobilizando toda a sociedade por uma imperativa busca por justiça e liberdade”, ressaltou Eliziane, no seu requerimento (REQ 4/2024).
A senadora acrescentou que “o caso Herzog ganhou repercussão internacional, trazendo à tona as violações de direitos humanos cometidas pelo regime militar brasileiro. O crime ajudou a impulsionar o processo de abertura política no Brasil e a luta por justiça em torno de sua morte é lembrada como catalisadora para a gradual transição do país para a democracia, que culminou com o fim da ditadura em 1985”.
A audiência contará com a participação, já confirmada, do presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog, Ivo Herzog; e do diretor-executivo da organização, Rogerio Sottili; do jurista e pesquisador José Geraldo de Sousa Junior; da jornalista, escritora e professora Bianca Santana; e do historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro. A comissão ainda aguarda a confirmação das presenças do deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e da jornalista Miriam Leitão.
Fonte: Agência Senado