Após um mês e meio de greve, os servidores do Ibama indicaram ao Ministério da Gestão e Inovação que estão dispostos a aceitar a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo. A proposta inclui o alongamento da carreira para 20 níveis e um aumento salarial acumulado de 23% nos anos de 2025 e 2026.

No entanto, os servidores solicitaram que o ministério crie grupos de trabalho para acompanhar outras demandas da categoria, como a compensação das horas de greve e a discussão sobre o adicional de fronteira, seguindo o exemplo das negociações com os profissionais da Educação.

Cerca de 19 assembleias estaduais aprovaram a proposta com essas condições, mas servidores dos estados do Acre, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Alagoas e Amazonas rejeitaram o acordo. A assinatura do acordo está prevista para acontecer ainda nesta segunda-feira.

O Ministério da Gestão e Inovação, chefiado por Esther Dweck, estabeleceu a próxima sexta-feira como data-limite para concluir as negociações com a categoria. Caso não haja avanços, o governo planeja enviar o Orçamento de 2025 ao Congresso sem previsão de reajuste salarial e reestruturação da carreira.

Os servidores do Ibama têm reivindicado melhores condições de trabalho desde o início do ano, com uma paralisação parcial em janeiro, que afetou apenas casos não emergenciais. Posteriormente, um movimento grevista foi deflagrado, mas acabou revertido por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


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