Durante o encontro com agricultores familiares, o candidato do PSD, Alexandre Kalil, ouviu demandas e firmou compromisso com os trabalhadores do campo, destacando a necessidade de uma política pública específica e de programas de apoio à produção rural de pequenos agricultores. “Governar é um ato de entregar a caneta do poder para fazer o bem”.

Entre os graves problemas que atingem a população rural e a agricultura familiar em particular é a da juventude que deixa o trabalho e suas famílias para buscar oportunidades nas cidades. Bruno Douglas, agricultor familiar e secretário de juventude da Fetaemg (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado Minas Gerais), resume a questão: “Hoje, para os jovens ficarem no campo, eles precisam ter acesso a políticas públicas voltadas para a produção, mas também o campo tem que ser visto como um local de lazer, de cultura, ter acesso à música”. Ele conta que “os jovens deixam o campo não por não gostar de viver lá, mas para ter oportunidade fora e voltar para realizar um sonho”.

Diocleio Pereira dos Santos, chegou de Santa Maria do Suaçuí, no Alto Rio Doce, onde cultiva uma grande variedade de produtos. Ele acredita que “os nossos jovens estão saindo do campo e indo para a cidade porque não tem infraestrutura para manter o jovem no campo. E se o homem do campo não planta, a cidade não almoça nem janta”.

Para Diocleio, um dos principais problemas é que o acesso à comunicação é precário. Bruno Douglas aponta o mesmo e diz que “uma das pautas importantes que viemos entregar aqui é a respeito da conectividade e do acesso à internet”. “Hoje, o campo está com pouca cobertura digital e muitas das coisas são feitas pela internet, como a comercialização. Por isso é muito importante ampliar a rede dar acesso ao povo.”

Atento às demandas da juventude, Kalil respondeu diretamente a Bruno, afirmando que internet hoje é uma necessidade. “Internet hoje é saúde, é educação, é conexão, é tecnologia”. E relatou seu empenho em relação à ampliação do acesso à tecnologia quando era prefeito de Belo Horizonte. “Quero dizer que BH se tornou a cidade conectada porque houve planejamento e investimento. O Kalil vai por internet no campo? O Kalil pôs internet em todas as vilas e favelas de BH. Um projeto de quase R$ 100 milhões. Em quase todas as vilas, favelas, vielas, becos, colocamos a internet. Qualquer pessoa que more hoje numa vila, favela, num recanto dessa cidade está conectada pela internet por um trabalho de planejamento e investimento colocado.”

Para o candidato, é imperativo levar melhores condições ao campo. “Nós temos que fixar o jovem no campo, nós temos que voltar a tudo que foi tirado desse povo.” Kalil afirmou que “antigamente, o jovem tinha que vir até a cidade para se ter acesso à tecnologia. Agora não, a tecnologia tem que ir ao campo, para ele se inteirar da tecnologia agrícola e ficar no campo”. “É preciso mudar essa lógica, a lógica é – como o presidente Lula fez, inclusive – cursos técnicos no interior. Precisamos fazer um estudo e um planejamento para quem alimenta a população brasileira. O adolescente não tem que vir estudar na cidade, tem que estudar lá mesmo, o assunto dele, levar tecnologia para esse povo.”

Destacou ainda que “a agricultura é negócio do momento, é a mola propulsora do país e o que alimenta o país”. “Esse povo precisa só de apoio: colocar estradas para escoar, colocar energia e colocar escola para essa moçada ficar no campo, porque a cidade está exaurida. É essa base que eles estão querendo”, concluiu.


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