Uma forte tempestade de inverno, que se deslocava pelo Leste dos Estados Unidos nesta terça-feira (9), derrubou a energia de mais de 302 mil residências e empresas em nove estados, antes de um frio brutal previsto para este fim de semana.
Os estados mais atingidos até o momento foram a Geórgia, com mais de 65 mil interrupções de energia, a Flórida, com mais de 62 mil interrupções, e o Alabama, com mais de 58 mil suspensões, de acordo com dados do PowerOutage.us.
A Southern Co opera as maiores empresas de energia elétrica da Geórgia e do Alabama, enquanto a NextEra Energy é a maior fornecedora da Flórida.
O clima extremo lembra o frio brutal de fevereiro de 2021, que deixou milhões de pessoas no Texas e em outros estados centrais dos EUA sem energia, água e aquecimento por dias. Também lembra a tempestade de inverno em dezembro de 2022 — conhecida como Elliott no setor de energia — que quase causou o colapso dos sistemas de energia e gás natural em partes da metade leste do país.
A tempestade atual está cobrindo uma área que vai de Minnesota, no norte, ao Alabama, no sul, e do Kansas, no oeste, à Carolina do Norte, no leste, de acordo com o AccuWeather.com. Ela está se movendo em direção à costa leste e ao Nordeste dos EUA.
A tempestade está chegando antes do que provavelmente será o clima mais frio em mais de um ano, desde que uma tempestade, em dezembro de 2022, cobriu grande parte da metade leste do país, segundo dados da empresa financeira LSEG.
A empresa projetou que a demanda de gás natural, usada para aquecer cerca de metade das residências no país, atingirá recorde diário na segunda-feira (15).
Esse é o Dia de Martin Luther King Jr. e o recorde de uso de gás, que inclui exportações, é esperado, mesmo que muitas empresas e escritórios do governo estejam fechados para um feriado prolongado no fim de semana.
A tempestade de dezembro de 2022 fez com que algumas empresas de energia, incluindo a Tennessee Valley Authority e a Duke Energy, impusessem interrupções rotativas para manter a confiabilidade da energia depois que dezenas de usinas elétricas deixaram de funcionar.
Os fluxos de gás nos gasodutos também foram reduzidos durante a tempestade, pois a produção diminuiu devido, em parte, ao congelamento de poços de gás, tubulações e outros equipamentos. Ao mesmo tempo, a demanda por combustível para aquecimento e geração de energia aumentou, reduzindo drasticamente as pressões nas linhas.