O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) é constituído por grandes projetos de pesquisa temáticos, voltados para áreas estratégicas e que reúnem diversas instituições, pesquisadores com formação acadêmica diversificada e infraestrutura de pesquisa de alto nível.

Com o ingresso de seis novos INCTs, a UFMG passa a sediar 17 Institutos: cinco deles foram criados em 2014 e ainda estão em atividade, e outros 12 foram aprovados pela chamada 58/2022 – desses, seis foram contratados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no início do ano passado, e os últimos seis, no fim do mesmo ano.

Os seis novos INCTs da UFMG são o de Pesquisa em história natural, patrimônio cultural, artes, sustentabilidade e território, que será coordenado por Fabrício Rodrigues dos Santos, professor do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB);

Ancestralidade genômica, doenças e bioinformática no Brasil, liderado por Eduardo Martín Tarazona Santos, também do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do ICB;

Infraestruturas quântica e nano para aplicações convergentes, sob a coordenação de Gilberto Medeiros Ribeiro, do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do Instituto de Ciências Exatas (ICEx);

Substâncias psicoativas, sob a coordenação do professor Rodinei Augusti, do Departamento de Química do ICEx; Inibidores de urease de interesse agrícola e medicinal, coordenado pelo também professor do Departamento de Química Ângelo de Fátima;

Políticas públicas e profissão docente, coordenado por Dalila Andrade Oliveira, do Departamento de Administração Escolar da Faculdade de Educação (Fae).

O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando Marcos dos Reis, explica que os projetos dos INCTs duram cerca de cinco anos e podem ser prorrogados. Ele acrescenta que o prazo de financiamento é maior que o normalmente observado em outras iniciativas financiadas pelo governo federal, o que possibilita que as pesquisas tenham maior duração e, consequentemente, alcancem melhores resultados. Para Reis, sediar 17 INCTs põe a UFMG em destaque no cenário da pesquisa nacional.

“No caso da UFMG, sediar um INCT significa muito, pois são projetos de fôlego que oferecem condições para montar uma infraestrutura avançada e produzir conhecimento de ponta, contando com tudo que é necessário: equipamentos, insumos e bolsas para estudantes. É também uma prova da liderança e da excelência da pesquisa feita aqui na Universidade.”

Diversidade

Após a chegada dos novos INCTs, a UFMG passa a contar Institutos voltados para pesquisas nas áreas biológicas, de ciência da computação, educação, química, engenharia, física e ciência política. Fernando Reis destaca a vocação da Universidade para realizar pesquisas em diversas áreas.

“Essa diversidade é uma demonstração de que a UFMG tem grandes lideranças nacionais e internacionais na pesquisa em todas as grandes áreas do conhecimento. Além de sediar um número grande de INCTs, a Universidade ainda participa como parceira em diversos outros INCTs sediados em outras universidades, o que também representa recursos importantes para a pesquisa na nossa instituição”, conclui.o pró-reitor.

História dos INCTs

O Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) foi criado pelo governo federal em 2008 como estratégia para o fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos do país.

Os novos INCTs foram anunciados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em dezembro do ano passado. Na ocasião, o governo federal informou que R$ 260 milhões serão investidos em 42 projetos científicos no âmbito do Programa INCTs. Os recursos serão disponibilizados para pesquisas de alto nível a serem desenvolvidas em rede.

“Com essa iniciativa, somando os projetos já em andamento contemplados em chamadas anteriores, o programa INCT passa a contar com 204 projetos apoiados no país. É um dos mais importantes programas de fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.

Os novos projetos anunciados, entre os quais estão os seis novos INCTs da UFMG, foram selecionados na última chamada pública do programa, de 2022, e receberão recursos adicionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de 12 fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs).

Os INCTs sediados na UFMG:

Leveduras: biodiversidade, preservação e inovações biotecnológicas, coordenado por Carlos Augusto Rosa

Venenos e antivenenos: Inovatox, coordenado por Carlos Delfin Chávez Olórtegui

POX, sob a coordenação de Erna Geessien Kroon

Biodiversidade, coordenado por Geraldo Wilson Afonso Fernandes

Neurotecnologia responsável, coordenado por Marco Aurélio Romano Silva

Nanobiofar, sob a coordenação de Robson Augusto Souza dos Santos

Estações de tratamento de esgoto sustentáveis, coordenado por César Rossas Mota Filho

Nanoestruturas de carbono, coordenado por Helio Chacham

Instituto da democracia e da democratização da comunicação, coordenado por Leonardo Avritzer

Dengue e interação microorganismo-hospedeiro, sob a coordenação de Mauro Martins Teixeira

Midas – Tecnologias ambientais, coordenado por Rochel Montero Lago

Pesquisa em história natural, patrimônio cultural, artes, sustentabilidade e território, coordenado pelo Fabrício Rodrigues dos Santos

Ancestralidade genômica, doenças e bioinformática no Brasil, coordenado por Eduardo Martín Tarazona Santos

Infraestruturas quântica e nano para aplicações convergentes, sob a coordenação de Gilberto Medeiros Ribeiro

Substâncias psicoativas, sob a coordenação de Rodinei Augusti

Inibidores de urease de interesse agrícola e medicinal, coordenado por Ângelo de Fátima

Políticas públicas e profissão docente, coordenado por Dalila Andrade Oliveira.


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