A reunião extraordinária do conselho de administração da Vale, que começou hoje às 9h, é um marco crucial para a mineradora, potencialmente definindo o curso da sucessão no comando da empresa.

A expectativa é que o tema não seja totalmente esgotado neste encontro, levando à possibilidade de uma nova reunião na próxima semana ou após o Carnaval, onde a decisão final provavelmente será tomada.

O ponto central da reunião é a decisão sobre o futuro de Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale desde 2019. Bartolomeo está empenhado em garantir mais um mandato de três anos, contando com o apoio de uma intensa campanha nesse sentido.

No entanto, Luís Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan e membro do conselho da Vale, também aspira à posição, adicionando uma camada de complexidade às deliberações.

Recentemente, surgiu a especulação de que Bartolomeo poderia receber um “mini mandato” de um ano. Contudo, essa possibilidade faz parte de um novo modelo de contrato em discussão interna.

Esse modelo, se aprovado pelo conselho, manteria o mandato de três anos, mas introduziria cláusulas mais rigorosas de avaliação anual. Assim, o tempo de mandato permanece inalterado, mas as avaliações anuais podem resultar na saída do presidente antes do término do período.

Se a continuidade de Bartolomeo não for ratificada, a reunião de hoje (ou a próxima, mais provavelmente) pode decidir pela contratação de uma empresa internacional de head hunter. Essa empresa seria encarregada de apresentar ao conselho uma lista de três executivos, entre os quais um seria escolhido para liderar a Vale.

Apesar de conversas privadas entre os conselheiros sugerirem uma percepção de acalmia no processo de sucessão, o resultado da reunião de hoje permanece incerto. O conselho enfrenta a delicada tarefa de equilibrar os interesses divergentes, garantindo a continuidade eficaz da liderança da Vale.


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