Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Júnior (PSD), cotados como possíveis sucessores de Jair Bolsonaro (PL) em 2026, apresentaram reações distintas após o ex-presidente ser indiciado pela Polícia Federal (PF). Bolsonaro foi acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre eles, Tarcísio foi o único a defender publicamente o aliado, enquanto Zema e Ratinho optaram pelo silêncio.
Tarcísio, governador de São Paulo, declarou apoio a Bolsonaro em uma publicação no X (antigo Twitter). Ele defendeu que o ex-presidente respeitou o resultado das eleições e pediu uma investigação imparcial. “Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, afirmou.
Caiado, governador de Goiás, preferiu um tom mais cauteloso e, em declaração ao jornal “O Globo”, afirmou que “aguarda o final do julgamento”. Já Romeu Zema e Ratinho Júnior, governadores de Minas Gerais e Paraná, respectivamente, não se manifestaram, mesmo estando reunidos na 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Florianópolis, no mesmo dia do indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas.
Apesar das acusações, Bolsonaro insiste em sua posição como líder do espectro político de direita. Ele afirmou, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, que a direita não tem outro nome para a Presidência em 2026. “Só depois que eu estiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome”, declarou, reforçando que, em sua visão, continua sendo o principal representante desse campo político.
Foto: Jean Luz/Governo do Estado de SP