Marco Aurelio Carone

O recente posicionamento do deputado federal Aécio Neves e do Instituto Teotônio Vilela (ligado ao PSDB), sobre a redução do orçamento da Secretaria das Mulheres, parece mais uma tentativa desesperada de ganhar espaço na mídia do que uma verdadeira preocupação com as políticas públicas. Em um momento em que o PSDB se encontra eleitoralmente fragilizado e praticamente irrelevante no cenário político nacional, o deputado levanta essa questão, buscando visibilidade em um tema sensível.

O documento preparado pelo instituto, que acusa o governo de Lula de desprezar as mulheres ao reduzir o orçamento da pasta, soa mais como uma manobra oportunista do que uma análise séria. A redução de R$ 480 milhões para R$ 240 milhões em 2025 é apresentada como prova de descaso, mas a crítica do PSDB, encabeçada por Aécio, parece ter o claro objetivo de criar manchetes, já que o partido luta para manter relevância diante de sua liquidação eleitoral.

Além disso, o PSDB critica o aumento das despesas do governo Lula, tentando se posicionar como guardião da austeridade fiscal, mas esquece que o partido vive um momento de crise, sem força política ou propostas concretas para o país. Aécio tenta ressuscitar sua carreira política por meio de críticas genéricas, enquanto ignora os próprios erros do PSDB, que perdeu espaço significativo nas últimas eleições.

O “Farol da Oposição”, ferramenta digital do Instituto Teotônio Vilela, aponta que a dívida pública cresceu 20% nos últimos dois anos e destaca a alta dos gastos governamentais, mas novamente, parece mais uma tentativa de desviar a atenção da decadência do PSDB. Enquanto o partido enfrenta dificuldades para se conectar com o eleitorado, Aécio prefere usar questões como a redução de orçamento da pasta da Mulher para tentar se manter em evidência, ao invés de apresentar soluções concretas para os problemas que critica.

Essa postura revela o desespero de um partido que, diante de sua irrelevância eleitoral, tenta se manter relevante com declarações que buscam mais eco na mídia do que na realidade política do Brasil.

 

 

 


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