O jantar em Brasília que reuniu lideranças do PSDB que resistem a candidatura presidencial do governador de São Paulo, João Doria, definiu que irá pedir a cúpula do partido uma reunião ampliada do diretório ainda em março para que o próprio pré-candidato apresente sua viabilidade eleitoral.

Além disso, decidiram que não deverão deixar o partido e fazer o confronto com Doria por dentro do PSDB. Isso significa que poderão operar para compor uma maioria interna para, no limite, barrar a candidatura do governador na convenção nacional, que deverá ocorrer, segundo a legislação eleitoral, entre 20 de julho e 5 de agosto.

Participaram do encontro o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, derrotado por Doria nas prévias, além do deputado Aécio Neves, o senador Tasso Jereissati (CE) e o senador José Aníbal (SP).

A leitura foi de que o baixo desempenho de Doria nas pesquisas atrapalha a formação de alianças nos estados e que o partido não pode se prejudicar para apoiar uma candidatura que até agora não se mostrou viável.

Em entrevista à rádio Eldorado, Doria disse que o encontro não representa o partido. “Foi um jantar de derrotados, com todo respeito. Todos eles foram derrotados nas prévias. Eu entendo que na vida pública e, também, na vida privada, você tem que compreender vitórias e derrotas.

Eu tive, circunstancialmente, uma vitória nas prévias do PSDB, mas tive a grandeza de cumprimentar o Eduardo Leite e todos aqueles que o apoiaram de maneira educada. Não me parece que cinco pessoas sentadas num jantar possam representar o PSDB. O PSDB é maior do que cinco pessoas que ali representavam derrotados.”

Fonte: CNN