O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), minimizou as previsões feitas para 2023 por economistas que previam um cenário de menor crescimento e de crise financeira.
Em entrevista à CNN, Alckmin também destacou que há diálogo permanente do Planalto com o Congresso Nacional, mesmo em meio à tensão sobre a MP da reoneração, que tem causado discórdia entre o Executivo e o Legislativo.
Na economia, o vice-presidente destacou o crescimento do PIB, que ficou em 2,82% – algo bem diferente da previsão de 0,80% feita em 2022. “Os pessimistas erraram nesse ano que passou. O PIB que era menos de um, foi para quase três. A bolsa foi para 134 mil pontos. O dólar que era R$ 5,40 foi para R$ 4,80. Então é um otimismo realista, eu acredito no trabalho, a gente agir nas causas dos problemas”, declarou Alckmin.
No campo político, Alckmin minimizou a recente confusão entre o Palácio do Planalto e o Congresso sobre a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para os 17 setores da economia que mais empregam no Brasil. O projeto foi aprovado no Congresso, vetado por Lula, mas o veto foi derrubado pelos parlamentares. No fim de dezembro de 2023, após o início do recesso parlamentar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma nova medida provisória prevendo a reoneração gradual dos impostos para esses setores.
“Não é um embate. Eu entendo que cada um tem a sua esfera de atuação. O presidente apresenta uma proposta orçamentária. É natural que o Legislativo, o Congresso Nacional faça modificações, mexa na proposta do Executivo. Isso volta para a sanção. O presidente promulga aquelas mudanças que entende como boas, que aperfeiçoaram a proposta orçamentária para este ano e veta outras por cuidado – ou de constitucionalidade ou de execução orçamentária. Qual o caminho para poder avançar? É o diálogo”, declarou.
Na próxima semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve se reunir com líderes para decidir se a medida vai tramitar no Parlamento ou se será devolvida ao Palácio do Planalto diante da insatisfação dos parlamentares com a iniciativa.