Na primeira reunião plenária após o segundo turno das eleições em Belo Horizonte e Uberaba, o deputado Bruno Engler (PL) agradeceu aos 577.537 eleitores que o apoiaram em sua candidatura à prefeitura de Belo Horizonte. Com 46,27% dos votos válidos, Engler não conseguiu superar o atual prefeito, Fuad Noman, que venceu com 670.574 votos (53,73%).

Durante a sessão, Engler e o deputado Caporezzo (PL) se revezaram na tribuna para criticar o governo federal e defender a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Engler classificou o sistema político como “corrupto e canalha” e se comprometeu a continuar defendendo valores cristãos, a segurança pública e uma gestão enxuta. Ele criticou o governo Lula pela alta inflação, especialmente no preço dos alimentos, e afirmou que o brasileiro mais pobre é o mais prejudicado. “O povo sente a realidade; a aprovação de Lula só cai, porque este é um governo da mentira, da corrupção e da canalhice”, declarou Engler, destacando que a economia estava “organizada” ao final do governo Bolsonaro.

Caporezzo lamentou o desempenho econômico atual, ressaltando que o real foi a segunda moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar nos últimos 12 meses. Ele também afirmou que as estatais acumulam cerca de R$ 3 bilhões em prejuízo sob o governo Lula, enquanto, na gestão de Bolsonaro, essas mesmas empresas geraram R$ 23 bilhões em lucro. Além disso, Caporezzo mencionou a decisão do STF sobre os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, criticando o acordo oferecido aos acusados para confissão em troca de penas alternativas. “Essas pessoas têm honra e não vão assumir culpa por algo que não existiu”, concluiu.

Em resposta, o deputado Cristiano Silveira (PT) ironizou os colegas, sugerindo que falavam de “outro país” ao criticar o governo Lula. Silveira afirmou que o governo Bolsonaro deixou o Brasil em recessão e com altas taxas de desemprego, enquanto hoje o FMI projeta crescimento de 3% para o PIB. Ele ainda destacou que o Brasil gerou 3,18 milhões de empregos formais e retornou à posição de sexta maior economia mundial.

Silveira também cobrou do governo Zema a regulamentação do Plano Estadual de Atendimento aos Autistas, transformado em lei, mas ainda sem ações implementadas. “Até agora, o governo não criou nenhum centro de atendimento aos autistas”, criticou. Ele ainda condenou Zema por “gastar com isenções de ICMS para locadoras, viagens ao exterior e aumentos salariais de 300%”.

Foto: Guilherme Dardanhan

 


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