O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), minimizou nesta terça-feira as derrotas nas eleições de Belo Horizonte, onde apoiou candidatos que não obtiveram vitória: Mauro Tramonte (Republicanos), no primeiro turno, e Bruno Engler (PL), no segundo. Para Zema, o insucesso de seus apadrinhados é algo “natural,” uma vez que o apoio de figuras políticas não garante transferência de votos.
“A vontade do povo é soberana… Não existe patrocinador que transfira votos ou defina uma eleição. Em vários estados vimos candidatos apoiados que não venceram. Encaro isso com naturalidade”, afirmou o governador durante coletiva de imprensa no 1º Seminário de Investimentos e Oportunidades da Infraestrutura, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.
Indagado sobre as eleições de 2026, Zema reiterou apoio a seu vice, Mateus Simões (Novo), como seu sucessor: “Meu candidato para 2026 é o vice-governador Mateus Simões. Ele é meu braço direito, conhece a administração pública e todos os grandes projetos de Minas Gerais. Não há pessoa tão preparada. Meu apoio será integral, e farei tudo para que ele seja eleito, garantindo a continuidade do nosso trabalho a partir de 2027.”
Essa não é a primeira vez que Zema declara publicamente apoio a Simões; o governador já fez o mesmo em outras ocasiões recentes. No entanto, a pretensão de Simões encontra um obstáculo: o senador Cleitinho (Republicanos) também manifesta interesse em concorrer ao governo do estado, e analistas sugerem que uma coalizão da direita em torno de um único candidato seria ideal.
Nas eleições de Belo Horizonte, Zema sofreu duas derrotas consecutivas. No primeiro turno, ele apoiou Mauro Tramonte, que ficou em terceiro lugar, chegando a indicar como vice de sua chapa a secretária de Planejamento, Luísa Barreto (Novo). No segundo turno, Zema endossou Bruno Engler (PL), oficializando o apoio oito dias antes da votação e participando de vídeos de campanha ao lado do candidato bolsonarista.
Foto: Sebastião Jacinto Júnior
