O economista André Roncaglia de Carvalho foi oficialmente indicado pelo Ministério da Fazenda para ocupar o cargo de diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). A nomeação de Roncaglia, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), foi confirmada nesta quarta-feira (14).

Roncaglia substituirá Afonso Bevilaqua, ex-diretor do Banco Central, que ocupou o cargo de representante do Brasil no FMI desde 2019. Bevilaqua expressou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sua intenção de retornar ao Brasil ainda neste mês.

André Roncaglia possui uma sólida formação acadêmica, com graduação e mestrado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutorado em Economia do Desenvolvimento pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Sua experiência acadêmica e pesquisa no campo econômico destacam-no como uma escolha capacitada para representar o Brasil no FMI.

O Fundo Monetário Internacional é uma organização internacional composta por 190 países-membros, que se dedica à promoção da estabilidade financeira global. O Conselho Executivo do FMI, responsável pela condução das atividades diárias da instituição, é composto por 24 diretores eleitos pelos países membros ou por grupos de países. O Brasil, atualmente, tem a prerrogativa de indicar o diretor-executivo que, além de representar o país, também atua em nome de nações como Cabo Verde, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Suriname, Timor-Leste, e Trinidad e Tobago.

A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda é responsável pela articulação entre o Governo Federal, o FMI e a representação brasileira na instituição. Em março deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se reunido com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, defendendo a necessidade de reformas na instituição para torná-la mais representativa e capaz de auxiliar os países em desenvolvimento em melhores condições.

A nomeação de Roncaglia ocorre em um momento em que o Brasil tem defendido reformas significativas no FMI, visando a criação de um fundo mais inclusivo e adaptado às realidades econômicas atuais, uma posição que tem sido sustentada por líderes brasileiros em diversos fóruns internacionais.


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