Japão, Estados Unidos e Países Baixos, reunidos em Washington no final de janeiro, compartilharam a opinião de que as exportações para a China precisavam ser regulamentadas, e agora o Estado japonês começará a implementar as medidas combinadas.

No final de março, o Japão informou que elaboraria um projeto de revisão de uma portaria ministerial para fortalecer controles de exportação de 23 itens de equipamentos de fabricação de chips a fim de evitar fluxos de saída de tecnologias para a China.

O esforço para dificultar as transações acontece depois que Tóquio aceitou, em fevereiro, participar da política dos Estados Unidos de limitação de exportações de semicondutores avançados para Pequim, conforme noticiado.

Agora, de acordo com o The Japan Times, o governo japonês lançará até no máximo julho novas diretrizes para a Lei de Câmbio e Comércio Exterior.

Ainda segundo a mídia, uma das maiores preocupações do Japão e dos EUA é a possibilidade de uma contingência sobre Taiwan que, segundo algumas análises, pode ocorrer no final da década de 2020.

Se isso [a contingência de Taiwan] ocorrer, o Japão será muito afetado”, disse um alto funcionário do governo japonês à mídia, acrescentando que Tóquio não tem escolha a não ser manter certa distância da China no campo econômico.

Entretanto, na semana passada, reuniões aconteceram entre o país asiático e sete dos maiores fabricantes de semicondutores do mundo, os quais estabeleceram planos para aumentar a produção e aprofundar as parcerias tecnológicas em território Japonês.

Em uma reunião sem precedentes em Tóquio com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, os chefes de fabricantes de chips, incluindo Taiwan Semiconductor Manufacturing, Samsung Electronics da Coreia do Sul e Intel e Micron dos EUA, descreveram planos que podem transformar as perspectivas do Japão de ressurgir como uma potência de semicondutores, conforme noticiado.

Apesar dos investimentos, quem pode sofrer com as regras, a mídia cita que cerca de 10 fabricantes japoneses, incluindo Tokyo Electron e Nikon, serão afetados até certo ponto pelos novos regulamentos.

O pesquisador sênior do Japan Research Institute, Tomohisa Ishikawa, disse ao jornal que o governo deveria recompensar as empresas que estão nervosas com as implicações de regulamentações mais rígidas.

Os benefícios são necessários, como um ambiente melhor no qual as empresas japonesas possam desenvolver semicondutores em conjunto com os fabricantes americanos. O governo japonês deveria fazer tais exigências ao lado dos EUA”, afirmou.

Além de Tóquio e Washington, os Países Baixos também entraram na mesma política de proibição de fluxo de tecnologia de chips para China.


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