Um levantamento feito pela Prefeitura de Belo Horizonte demonstrou que os riscos de morte em Belo Horizonte são inferiores à média estadual e nacional, além de ser a menor taxa dentre as capitais com mais de 1 milhão de habitantes.

Os resultados mostram que, se as capitais brasileiras tivessem as mesmas taxas de mortalidade, por idade, do município, 70.330 óbitos não teriam ocorrido, uma redução de 36,18%, segundo dados de 9 de março.

Se fossem comparadas apenas as capitais com mais de 1 milhão de habitantes, o número de óbitos que teriam sido reduzidos seria de 56.334, 34,22% menos que o observado. Isso demonstra que Belo Horizonte é a capital com mais de 1 milhão de habitantes com menor risco de mortes por Covid-19 conforme taxas por faixa etária.

O Rio de Janeiro, por exemplo, teria uma redução de 41,7% no número de óbitos (15.164 menos mortes), ao passo que Manaus teria uma redução de 66,8% (6.466 menos mortes).

“As restrições sanitárias adotadas em Belo Horizonte desde o início da pandemia apresentaram resultados positivos. A vida sempre foi nossa prioridade e o estudo reforça que optamos pelo caminho certo. O comprometimento de grande parte da população foi essencial e precisamos que todos continuem mantendo as medidas de prevenção”, disse o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.

Se aplicarmos as taxas de mortalidade de Belo Horizonte, por idade, aos Estados e ao Brasil, apenas Maranhão e Bahia teriam aumento no número de óbitos por Covid-19. “Mesmo assim, se o Brasil tivesse as taxas de mortalidade de Belo Horizonte, dos 653.712 óbitos por Covid-19, 23% teriam sido evitados, salvando 150.629 vidas. Além disso, se Minas Gerais tivesse as taxas, por idade, de mortalidade de Belo Horizonte, o estado teria 5,4% menos óbitos por Covid-19, evitando 3.252 mortes”, explica Reinaldo dos Santos, demógrafo da Subsecretaria de Modernização da Gestão, da Secretaria Municipal de Planejamento Orçamento e Gestão, que consolidou os dados.