Revisão do Plano Diretor, desburocratização na emissão de licenças e alvarás, redução da carga tributária para comércio e indústria, e mais segurança para esses setores operarem com tranquilidade. Essas foram algumas das propostas apresentadas pelo candidato do PL à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler, em encontro nesta segunda-feira (14) com representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), onde detalhou pontos do seu Plano de Governo.
“Costumamos dizer que muito ajuda quem não atrapalha, e hoje a Prefeitura de Belo Horizonte atrapalha bastante. Precisamos seguir na direção da desburocratização e redução da carga tributária. Uma reclamação comum dos comerciantes é a dificuldade de operar na capital. Temos o compromisso, junto à Câmara de Vereadores, de rever o Código de Posturas para facilitar a vida de quem empreende. No setor de eventos, a principal queixa é a demora na obtenção de licenças e alvarás. Há casos em que o alvará é emitido no dia do evento, o que é inaceitável. É preciso uma resposta rápida e eficiente, e por isso a desburocratização é fundamental”, destacou Engler, que estava acompanhado pela vice, Coronel Cláudia (PL), e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
Caso eleito, o candidato promete reforçar o efetivo da Guarda Municipal para garantir mais segurança aos empreendedores. “Hoje, a prefeitura se comporta como adversária, para não dizer inimiga, de quem gera emprego, renda e oportunidades. Queremos uma prefeitura que seja parceira de quem movimenta a economia da cidade. Nosso setor industrial, no Vale do Jatobá, precisa ser protegido, especialmente em relação à segurança. O pessoal lá sofre muito com invasões, roubos e furtos. A Guarda Municipal, em parceria com as forças de segurança estaduais, pode minimizar esse problema. Também precisamos fomentar a indústria da tecnologia, que se encaixa perfeitamente em nossa cidade, gerando emprego e receita sem demandar tanto espaço. Por meio de incentivos fiscais e programas de atração, queremos reter as empresas que nascem aqui e acabam indo para São Paulo ou outras cidades. Vamos garantir que elas prosperem em Belo Horizonte”, afirmou.
Sobre a mineração na Serra do Curral, Engler destacou que o projeto de lei para o tombamento da área será respeitado. “O projeto está nas mãos do Governo do Estado. Se a Serra do Curral for tombada, cumpriremos a lei. Porém, é importante diferenciar a mineração legal, com todas as licenças ambientais e sem gerar transtornos, da mineração ilegal. Em nossa gestão, teremos fiscalização rigorosa para impedir qualquer irregularidade ou prática ilegal que prejudique a Serra do Curral”.
Engler afirmou que é fundamental rever o Código de Posturas para impulsionar o comércio e o setor de eventos. “Precisamos desburocratizar os processos, liberar a colocação de anúncios e placas comerciais, inclusive luminosos. Vamos disponibilizar todo o aparato da prefeitura para potencializar feiras e grandes eventos, que muitas vezes acabam migrando para outras cidades por falta de apoio. Recentemente, BH perdeu uma feira de turismo para Brasília justamente pela ausência de incentivo público. Nós vamos criar facilidades para que o setor privado traga mais investimentos para a cidade.”
Os contratos com as empresas de ônibus também serão revisados. “Farei o que Kalil prometeu e não teve coragem de fazer: abrir a caixa-preta da BHTrans. Deixo aqui uma reflexão: estamos em um segundo turno com apenas dois candidatos, e o atual prefeito é financiado pelas empresas de ônibus. O próximo prefeito terá a missão de redesenhar os contratos do transporte público em BH. Então, pergunto: se o prefeito for reeleito, ele vai priorizar os interesses da população ou de quem financia sua campanha? Nosso foco será sempre buscar o menor preço da passagem e melhorar os serviços prestados à população”, concluiu.
Foto: Lucas Mendes