O consumo doméstico brasileiro subiu 0,95% em setembro de 2024 comparado ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). De acordo com o vice-presidente da entidade, Marcio Milan, o consumo acumulado no ano segue positivo e alinhado com a projeção de alta de 2,50% para 2024.
Em uma comparação mensal, no entanto, o consumo apresentou queda de 1,30% de agosto para setembro. Segundo Milan, essa variação se deve à sazonalidade, influenciada pelo maior consumo em agosto, devido ao Dia dos Pais, e pelo fato de setembro ter um dia a menos.
Milan também destacou que o crescimento gradual do emprego formal e o aumento da renda familiar têm sido essenciais para sustentar o consumo, com expectativas de continuidade desse cenário positivo até o final do ano. Ele ainda enfatizou a importância dos programas de transferência de renda para manter essa estabilidade.
O índice Abrasmercado, que acompanha uma cesta de 35 produtos básicos como arroz, feijão, batata, leite e carnes, registrou um aumento mensal de 0,90% em setembro, elevando a média nacional de R$ 732,82 para R$ 739,44. No acumulado do ano, o índice já subiu 2,34%, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços da carne bovina, que tem deslocado a demanda para outras proteínas, resultando em uma alta generalizada dos preços das carnes.
Outros produtos que registraram aumento de preço incluem café torrado e moído, óleo de soja e leite longa vida. Em contraste, itens como tomate, cebola, batata, feijão e farinha de mandioca apresentaram queda de preço, conforme relatado por Milan.
A cesta reduzida de 12 produtos apresentou alta de 1,32% de agosto para setembro, refletindo as mesmas tendências observadas no índice geral de preços.