Nesta segunda-feira, 12 de agosto, a Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB Sindical) aprovou um indicativo de greve, uma mobilização inédita na história do Itamaraty. A decisão ocorre pouco antes da cúpula do G20, que será realizada entre os dias 18 e 20 de novembro no Rio de Janeiro.
O indicativo de greve é uma resposta à contraproposta de readequação salarial apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação. A proposta do governo oferecia um aumento salarial não linear, variando de 7,8% para Terceiros Secretários (TS) até 23% para embaixadores (ministros de primeira classe, MPC), escalonados entre 2025 e 2026. No entanto, o sindicato havia solicitado um reajuste linear de 36,9%.
O sindicato justificou a decisão afirmando que ela reflete a insatisfação geral da categoria com a falta de valorização e reconhecimento da carreira diplomática. Eles também ressaltaram que, ao contrário de outras carreiras públicas, onde os servidores podem atingir o topo salarial em pouco mais de 10 anos, os diplomatas costumam levar até 30 anos para alcançar o nível máximo da carreira.