O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou nesta terça-feira, durante visita ao Reino Unido, novas sanções contra o Irã devido à venda de mísseis para a Rússia, destinados ao uso na guerra na Ucrânia. As sanções, que também foram adotadas por França, Alemanha e Reino Unido, têm como alvo principal a companhia aérea Iran Air, entre outras entidades iranianas.

Segundo Blinken, apesar dos avisos de Washington, o Irã continuou a fornecer apoio militar à Rússia, incluindo o treinamento de soldados russos no uso dos mísseis Fath-360. Blinken destacou que esta decisão de Teerã representa uma escalada perigosa, que será confrontada com rigorosas medidas punitivas por parte do Ocidente.

O anúncio ocorre após a União Europeia confirmar que já possuía informações sobre o envio de mísseis balísticos do Irã para a Rússia. Autoridades dos EUA e da Europa disseram que essa entrega pode ajudar Moscou a intensificar seus ataques à infraestrutura civil da Ucrânia, com graves consequências humanitárias.

Além das sanções, Blinken e o ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, reiteraram que os países ocidentais seguirão unidos no apoio à Ucrânia e adotarão medidas adicionais contra o Irã, caso este continue a fortalecer sua cooperação militar com a Rússia.

O Irã, por sua vez, negou as acusações, alegando que não fornece assistência militar a qualquer parte envolvida no conflito, e ressaltou que busca incentivar o diálogo para o fim da guerra. A Rússia, por outro lado, não comentou oficialmente sobre a suposta entrega de mísseis.

A relação entre Teerã e Moscou se fortaleceu nos últimos meses, especialmente após as sanções ocidentais contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia. No entanto, essa cooperação pode levar a uma intensificação das tensões internacionais, com os EUA ponderando novas medidas, incluindo o fornecimento de mísseis de longo alcance para a Ucrânia.

 


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