Em reunião nesta quarta-feira (6/11), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), anunciou a elevação da taxa Selic para 11,25% ao ano, intensificando a política monetária contracionista em vigor. A decisão foi motivada por um cenário de atividade econômica e de mercado de trabalho aquecidos, bem como de impacto da seca sobre os preços de alimentos e energia elétrica, que juntos contribuem para afastar a inflação do centro da meta. No ambiente externo, o resultado das eleições no EUA contribui para a valorização do dólar, acentuando a desvalorização cambial no Brasil.

Essa elevação na taxa básica de juros coloca a economia em estado de alerta. O aumento da Selic reduz a capacidade produtiva, desestimula investimentos e gera impactos sistêmicos profundos. Para a indústria, os juros altos impõem desafios significativos, restringindo a capacidade de investimento e reduzindo a competitividade, com reflexos negativos sobre o crescimento econômico, a geração de empregos e a renda da população.

A FIEMG manifesta sua profunda preocupação e insatisfação com a postura do Copom e ressalta a importância de uma abordagem mais equilibrada nas próximas reuniões. É essencial considerar cortes na Selic como uma necessidade urgente para estimular o setor produtivo nacional e evitar que a economia brasileira entre em um ciclo de estagnação.

Uma taxa de juros mais estável e equilibrada é fundamental para criar um ambiente de recuperação e fortalecimento econômico, e para isso o Banco Central precisa agir com determinação e ousadia.

 


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