No início da tarde dessa terça-feira (17/9), o prefeito Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição pela Coligação “Brasil Sempre em Frente”, reuniu-se se com representantes das cooperativas e redes de catadores de Belo Horizonte. O prefeito foi recebido pela direção da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare) e por lideranças do setor.
Fuad disse se sentir em casa, ao destacar que em julho desse ano recebeu o selo “Amigo do Catador”, em reconhecimento à parceria da Prefeitura de Belo Horizonte com os catadores e à inclusão destes trabalhadores no programa de coleta seletiva municipal. Belo Horizonte foi a primeira capital a contratar todas as cooperativas para coleta seletiva do Município.
O prefeito, que estava acompanhado do seu candidato a vice, vereador Álvaro Damião (União Brasil), assumiu o compromisso de incluir os catadores autônomos na coleta seletiva. “Vamos incluir os catadores autônomos na coleta seletiva para que tenham a mesma rentabilidade, para que possam trabalhar e ganhar o seu dinheiro. Os que são cadastrados nas cooperativas já têm muitos benefícios. Queremos ampliar e atender a todos”, disse o prefeito.
Fuad Noman afirmou, ainda, que estava ali para ouvir as demandas dos catadores e aproveitou para lembrar das diversas entregas que sua gestão tem feito para essa comunidade. “Já entregamos seis caminhões, sete prensas e sete empilhadeiras. E estamos comprando esteiras suspensas para os galpões, além de trabalhar na regularização dos empreendimentos. Estamos resolvendo também a questão desse terreno e comprando outro”, disse o prefeito, ao se referir a uma das principais demandas da Asmare, que é a regularização de terreno cedido pelo governo federal para a entidade.
Fuad lembrou, ainda, que, em julho deste ano, a Prefeitura concluiu a reforma estrutural no Galpão da Asmare localizado no bairro Prado, proporcionando um melhor ambiente de trabalho, o aumento da eficiência da triagem e a segurança dos catadores. “Vamos fazer também a construção de um novo galpão. A obra está dependendo apenas do ajuste do terreno”, informou, ao lado da maquete da obra. “Pretendemos também ampliar a coletiva seletiva de lixo para toda a cidade, pois, além de melhorar o meio ambiente, esse processo aumenta também a renda dos catadores”, acrescentou, anunciando a ampliação do projeto Recicla BH para o Carnaval de 2025, com previsão de reciclagem de 40 toneladas de lixo durante o evento.
Prefeitura e cooperativas atuam em parceria
Na capital mineira, o programa de coleta seletiva inclui as associações e cooperativas de catadores e trabalhadores de materiais recicláveis. Todo o material recolhido na coleta seletiva é doado pela PBH para essas entidades. A SLU também providencia estruturas (construção e reforma de galpões) para a triagem de recicláveis e paga despesas, como aluguel.
A cidade conta com duas modalidades de coleta seletiva: a ponto a ponto e a porta a porta. Desde setembro de 2019, a coleta seletiva porta a porta passou a ser feita por seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, credenciadas pela SLU em chamamento público. Elas foram contratadas pela SLU e são remuneradas pela autarquia, que também cedeu seis caminhões compactadores para a atividade. A SLU continua sendo responsável pelo planejamento e fiscalização do serviço. As entidades beneficiadas são as seguintes: Asmare, Associrecicle, Coomarp, Coopemar, Coopesol e Coopersoli.
Porcentagem de lixo coletado e reciclado em BH
Os resíduos domiciliares da capital são compostos por 49% de orgânicos, 35% de papel, metal, plástico e vidro e 16% de outros materiais, segundo levantamento publicado no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte.
Do total de resíduos domiciliares, apenas 35% possuem potencial para reciclagem. Considerando os resíduos com potencial de reciclagem gerados em Belo Horizonte, a coleta seletiva praticada na cidade corresponde a aproximadamente 18% desse total. A Prefeitura faz a coleta seletiva de aproximadamente 3% dos resíduos recicláveis. Já as empresas privadas coletam outros 15% desses resíduos, segundo suas próprias estimativas.
Foto: Júnia Garrido