O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), intensificou as ações de apoio às cidades de Minas Gerais impactadas pelas fortes chuvas dos últimos dias. A mobilização envolve o monitoramento contínuo e a assistência emergencial às populações afetadas, especialmente em municípios como Ipatinga e Santana do Paraíso, que enfrentam os efeitos mais severos.

Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a prioridade é prestar auxílio imediato às comunidades atingidas. “Desde sexta-feira (10), estamos em contato direto com o governo de Minas Gerais e as prefeituras dos municípios afetados. Nossa meta é garantir uma resposta rápida para minimizar os impactos da tragédia e proteger a população”, declarou Góes.

Os municípios de Ipatinga e Santana do Paraíso foram duramente atingidos na madrugada de domingo (12), com chuvas intensas que provocaram deslizamentos de terra e alagamentos em várias regiões. Até segunda-feira (13), foram confirmadas 11 mortes, sendo 10 em Ipatinga e uma em Santana do Paraíso, segundo a Defesa Civil Estadual.

O prefeito de Ipatinga, Gustavo Morais, relatou ao ministro Waldez Góes a gravidade da situação. “Nossa prioridade é proteger as pessoas e iniciar a recuperação das áreas devastadas. O apoio do Governo Federal será essencial para enfrentar este momento crítico”, afirmou Morais.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu um alerta nesta terça-feira (14), indicando alta probabilidade de novos deslizamentos em Ipatinga, devido aos volumes de chuva acumulados nas últimas 48 horas e à previsão de mais precipitações. O risco inclui deslizamentos urbanos e quedas de barreiras em rodovias.

Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) classificou o grau de severidade das chuvas em Minas Gerais como “perigo”, com previsão de ventos de até 100 km/h e riscos de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas.

Técnicos da Defesa Civil Nacional reuniram-se na segunda-feira (13) com representantes da Defesa Civil de Ipatinga para orientar o município sobre a solicitação de reconhecimento federal de situação de emergência. Essa etapa é fundamental para liberar recursos destinados ao socorro, assistência humanitária e recuperação das áreas atingidas.

“Explicamos ao município como formalizar o pedido de reconhecimento federal, o que permitirá a liberação de verbas para limpeza de vias, auxílio às vítimas e demais ações emergenciais”, destacou Wolnei Wolff, secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A Defesa Civil Nacional enviou alertas para diversas cidades mineiras, incluindo Caratinga, Governador Valadares, Viçosa, Mariana e Água Boa, destacando os riscos de novos desastres. A recomendação é que a população evite áreas de risco e siga as instruções das autoridades locais.

As orientações incluem:

– Não se abrigar debaixo de árvores durante rajadas de vento para evitar quedas e descargas elétricas.

– Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

– Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia em caso de tempestades.

– Buscar informações e assistência pelos telefones da Defesa Civil (199) e Corpo de Bombeiros (193).

Além das ações emergenciais, o Governo Federal reforçou o monitoramento através do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), que opera em nível de alerta laranja. A coordenação com as autoridades estaduais e municipais é constante para garantir que os recursos cheguem rapidamente às áreas mais necessitadas.

O ministro Waldez Góes destacou que o trabalho conjunto entre os governos federal, estadual e municipal é fundamental para superar a crise. “Estamos empenhados em reduzir os impactos das chuvas em Minas Gerais e dar suporte às famílias que perderam tudo. Essa é uma prioridade do Governo Federal”, concluiu.

A produção industrial brasileira recuou em nove dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM Regional) do IBGE em novembro, comparado a outubro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14).

No panorama nacional, a indústria registrou queda de 0,6% no período, conforme o IBGE já havia anunciado na última semana. As maiores retrações ocorreram no Espírito Santo (-7,2%) e em São Paulo (-4,7%), este último sendo o principal parque industrial do país.

Por outro lado, estados como Pará (4,4%), Amazonas (2,7%) e Pernambuco (2,6%) apresentaram avanços mais significativos na produção.

Na comparação anual com novembro de 2023, a produção industrial cresceu em 10 dos 18 locais pesquisados, ampliando o número de regiões analisadas pelo IBGE nesta base de referência. Na média nacional, o setor teve alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Foto: Claraboia Filmes/CNI

 


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