A chegada de mais um feriadão em meio à disparada de casos da Covid-19 preocupa infectologistas mineiros. O fluxo de pessoas nos aeroportos, terminais de ônibus e estradas, rumo a destinos turísticos, vai aumentar a partir de hoje, o que obriga que cuidados sejam redobrados.

A primeira recomendação é para quem está com sintomas gripais. O isolamento social não pode ser ignorado. O infectologista Carlos Starling, membro do Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 em BH, lembra que essa época do ano é marcada pelo aumento das síndromes respiratórias.

“Pessoas com sinais gripais, por menor que seja, não devem trabalhar e evitar viagens. Elas devem fazer o teste e, independente do diagnóstico, ficar em casa e não ter contatos”, alerta.

O especialista afirma ainda que aqueles com viagem programada não devem deixar de lado os cuidados para evitar a contaminação. O médico reforça as medidas de prevenção.

“Lembre-se de usar máscara, evitar aglomerações, ficar a pelo menos dois metros de distância de outras pessoas e higienizar as mãos com frequência, seja com álcool em gel ou água e sabão”, acrescenta o médico.

Cobertura vacinal

A vacinação também não pode ser ignorada, alerta o também infectologista, Leandro Curi. O médico lembra que a população que ainda não completou o ciclo vacinal deve ter maior cuidado. “Elas estão mais expostas a casos graves. A maioria das mortes por Covid é de pessoas com vacinação incompleta ou condições crônicas mais graves”, alerta.

Na última segunda-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte retornou com o uso obrigatório de máscaras em locais fechados. A decisão acontece um mês e meio depois de a medida ter sido suspensa em locais fechados. A capital mineira é a primeira do país a retomar o uso do acessório em locais fechados.

A determinação vale até 31 de julho, com possibilidade de prorrogação. O motivo é o aumento do número de casos de Covid-19 nas últimas semanas.

Segundo a secretária de Saúde, Cláudia Navarro, a decisão foi tomada baseada em evidências científicas, de acordo com a incidência de doenças respiratórias, com o crescimento no número de novos casos por 100 mil habitantes e devido à baixa adesão nas vacinas, principalmente para o público infantil. Ela ressaltou, no entanto, que não houve aumento no número de óbitos.

A secretária de Saúde reforçou ainda a importância da vacinação completa contra a Covid-19, especialmente para as crianças, para evitar os casos graves da doença.