O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a tomar uma decisão crucial: a possível volta do horário de verão, medida conhecida por muitos brasileiros. De acordo com assessores presidenciais, Lula deve decidir ainda nesta semana se o país voltará a adotar o horário diferenciado, em meio a uma das secas mais graves e prolongadas da história recente, que está afetando várias regiões do Brasil.
A seca tem causado a redução significativa dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que são responsáveis pela maior parte da geração de energia elétrica no país. Com as temperaturas elevadas, o consumo de energia cresce devido ao uso de aparelhos como ar-condicionado, agravando a demanda por eletricidade.
O horário de verão foi extinto em 2019, durante o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), com o argumento – apoiado por vários especialistas – de que a economia de energia proporcionada pela medida era pequena e não justificava sua implementação. A medida consiste em adiantar o relógio em uma hora durante os meses de verão, quando há mais luz natural e temperaturas mais elevadas.
Essa mudança pode ajudar a reduzir a demanda por energia, já que a população tende a usar menos eletrodomésticos, como lâmpadas, ao chegar em casa após o trabalho. Além disso, nas áreas urbanas, o acionamento da iluminação pública é adiado, o que alivia a carga sobre o sistema elétrico.
Lula está aguardando os resultados dos estudos conduzidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que fornecerão dados sobre os impactos potenciais da retomada do horário de verão. A decisão final sobre o retorno da medida ficará a cargo do presidente da República.