O Grupo Comporte assinou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta quinta-feira (23), o contrato de compra e venda de ações da Veículo de Desestatização MG Investimentos (VDMG), controladora da CBTU-MG.

A privatização da VDMG é uma das condições prévias à assinatura do contrato de concessão do metrô, que será feita com o governo de Minas Gerais.

“Uma vez preenchidas as condições necessárias para a assinatura [do contrato de compra e venda de ações da VDMG], o BNDES é obrigado a fazê-la, sem juízo de mérito, na qualidade de mandatário da União, fato que aconteceu nesta quinta-feira (23)”, afirmou o BNDES em nota.

O Grupo Comporte, também por meio de nota, confirmou que formalizou “a aquisição da totalidade das ações da VDMG e CBTU-MG”.

A empresa venceu o leilão do metrô de Belo Horizonte em dezembro de 2022 com uma proposta de R$ 25,7 milhões.

O edital de concessão prevê a ampliação da linha 1 em aproximadamente 2,45 km e a construção da estação Novo Eldorado. Além disso, estabelece a construção da linha 2, com cerca de 10,5 km e sete estações, da Nova Suíça ao Barreiro.

Para a realização das intervenções, o grupo vai receber cerca de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos – R$ 2,8 bilhões da União e R$ 440 milhões do estado, provenientes do acordo firmado com a Vale para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. A companhia também vai contar com a receita da tarifa.

Nesta sexta-feira (24), o sindicato dos metroviários fará uma nova assembleia. A categoria, que teme demissões após a privatização, espera uma resposta sobre a possibilidade de adiamento da assinatura do contrato de concessão.


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